Muitos
estudiosos começaram há algum tempo a observar o homem do futuro.
Inevitavelmente não puderam deixar de notar que este homem terá como as bases da
sua formação, todos os valores morais e intelectuais que transmitirmos as
nossas crianças e jovens hoje - no presente.
O
mundo tornou-se muito mais dinâmico e competitivo, sem falar na quantidade de
informações das quais temos acesso hoje.
É
natural que queiramos que tenham uma boa formação profissional e em alguns
casos, busca-se ocupar a maior parte do tempo deles com estudos, cursos extras,
aulas de musicas, etc..
Por
vezes é uma verdadeira maratona que criará seres cansados, desanimados e
estressados.
Como
consequência, muitos estão se tornando pessoas antissociais e também devido à
vida mais sedentária, longe de atividades lúdicas ou esportivas, tornam-se menos
aptas a raciocinar e a suportarem os esforços físicos.
Criou-se
nestes tempos uma expectativa mórbida de aproximação com relação às chamadas
Redes Sociais (sítios como o Facebook, Orkut, Msn, Twitter e outros).
Hoje
fazem parte do nosso dia-a-dia e muitas vezes são ferramentas indispensáveis no
que tange a comunicação e a informação, como tem se observado nos últimos meses
nas tensões ocorridas no mundo árabe.
Mas,
o lado negativo dessas redes sociais é que acabam levando as pessoas a se tornarem
menos próximas e menos sensíveis umas com as outras. As relações passaram a ser
mais de homem X máquina do que de homem X homem.
De
pouco em pouco, senão se observar isto, o que temem os estudiosos, é que se criará
uma geração de zumbis, cujas expressões humanas afetivas e mais básicas, e que
fazem parte de nossa vivencia, deixarão de existir.
É necessário
respeitar a infância da criança como esta fase importante para a adaptação ao
mundo e à sociedade. Tanto quanto permitir que ela participe intensamente das
tarefas e brincadeiras do dia-a-dia.
Ao contrário do
selvagem, que permitia que o filho realizasse muitas tarefas, de um modo geral
damos as coisas “mastigadas”
para os nossos pequenos.
Importante permitir
às crianças tarefas que desenvolvam a sua criatividade e o seu raciocínio. Tudo
isso permitirá que eles tenham noção de tempo, espaço, quantidade, nutrição,
economia, planejamento, com início, meio e fim das tarefas.
Que a criança estude,
tenha atividades fora da escola normal, está bem. Mas todo excesso é
prejudicial.
Agindo assim também
respeitaremos uma das leis naturais universais, que é a lei de sociedade.
O homem durante os
séculos conseguiu sobreviver às dificuldades graças aos agrupamentos que iam
formando. Logo, os bandos deram origens as tribos, e as tribos as cidades e as
cidades as nações, O principio básico era o de unir forças para que pudessem
progredir, adiantando-se uns com os outros.
Refletindo, o homem
do futuro com certeza deverá ser melhor do que o homem de agora.
Mais para que isto
aconteça, deve se unir esforços para que os encaminhemos de encontro às leis
morais e sociais que regem a tudo e a todos.
É necessário que os
homens do futuro compreendam desde cedo que sobreviverão apenas pela força da união,
pondo em prática os ensinamentos positivos que receberam durante a sua formação
moral e intelectual ainda enquanto crianças.
Baseado no artigo: Tarefas construtivistas, de Heloísa Pires – Jornal Correio Fraterno do ABC – 1999.
Nenhum comentário:
Postar um comentário