quarta-feira, 27 de abril de 2011

Que falta?


Em outra oportunidade comentamos sobre como as pessoas que perdoam tem a capacidade de se curar, ou como dissemos “o perdão cura”.
Ainda refletindo sobre o mundo, há que se perguntar o por quê de as pessoas ainda se sentirem tão indiferentes umas com as outras. Mesmo às vezes, dentro de casa, há famílias que simplesmente co-habitam os próprios lares sem ao menos se conhecerem.
Como foi que chegamos a isto? Onde foi que nos perdemos ao ponto de deixarmos este vazio incompreensível parecer dominar a tudo?
Sempre há necessidade de se fazer reflexão a cerca de tudo na vida. A raça humana sempre teve chances de provar que podia ser melhor e assim sempre o fez.
Se olharmos para o passado veríamos que já fomos piores. Matávamos e estripávamos com mais facilidades, mas ainda temos muito que melhorar.
Sempre fazemos questões de lembrar dos grandes avatares do bem que passaram pelo mundo. Nosso passado foi figurado por grandes entidades benfeitoras conhecidas, como os grandes profetas, como nos informam as escrituras sagradas.
No Oriente, pessoas como Buda, Confúcio e outros, foram grandes mensageiros das leis divinas para os homens.
Mesmo que não façam parte da nossa cultura e que pouco saibamos sobre eles, não há como negar as suas mensagens divinas de amor e de paz e os seus feitos.
Não podemos jamais deixar de lembrar das mensagens de Esperança e de Conforto, dos gestos de Amor e Caridade e a mão sempre estendida do Cordeiro Divino em nosso auxilio. Para isto, ainda hoje, basta apenas que peçamos para receber.
Os tempos mais modernos figuram-se com pessoas como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Martin Luter King, Francisco Cândido Xavier e todos aqueles grandes missionários de amor, muitas vezes ocultos aos olhos do mundo, mas todos unidos por um ideal: trabalhar pelos bem homens.
Com tantos exemplos bons a serem seguidos, o que nos falta?
Seria a indulgência, a capacidade de perdoar ou a capacidade de amar?
Uma coisa é certa, se ao menos cultivássemos em nos estes três últimos sentimentos, o mundo seria melhor.
Faz lembrar o Cristo no evangelho: “_Se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti”, porque em sua sabedoria, Ele já previa a capacidade do homem em perverter as coisas.
Lembrando de todos, fica sempre um só exemplo: todos tentaram mostrar aos homens que as coisas terrenas são passageiras. Que as conquistas materiais são menos importantes do que as conquistas morais. Ensinaram que dar as mãos na caminhada, como os elos das correntes se abraçam fortificando, é ainda o melhor meio de garantir que ninguém se perca pelos caminhos tortuosos que percorremos.
Ainda assim há que se perguntar: o que mais falta aos homens?
Seria livrar-se da maledicência? Da malícia que estampa os sorrisos anunciando pensamentos maus? Seria livra-se das impulsões sexuais e dos vícios que enlouquecem a muitos? Seria livrar-se da ganância desenfreada que deixa tantos morrerem de inanição?
Talvez seria o recobrar das consciências humanas, que infelizmente conseguem distorcer a tudo.
Outro dia, o que comemorávamos mesmo? Era a ressurreição do Cristo em nós, ou era apenas o dia internacional do comercio do chocolate?
  O que nos falta?
Seria preocupar-nos com a vida alheia seguindo os exemplos santos e Cristãos de mais em cima? Ou Seria preocupar-nos com vida alheia de forma vulgar e nojenta como nos ensinam os “santos” BBBs da nossa adorada telinha?
O que nos falta? Cri, que fosse amar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Causa X Efeito


O mundo esta mudando. O difícil é saber precisar para onde é que ele vai.
Diariamente os nossos sentidos são inundados com centenas de noticias tristes e desprezíveis. Isso nos alerta de quanto a humanidade ainda parece estar envolta nas sombras da imaturidade e das inconsequências.
São disputas, guerras, fome, violências sexuais e morais, o medo, a injustiça, as drogas, as catástrofes...
Difícil crer que tudo isto não crie condições que reflitam em todos, já que se sabe que pensamentos e ações são como ondas eletrônicas que se propagam e cedo ou tarde atingem alvos que estão distantes. Por vezes, os alvos somos nós próprios.
Uma das leis da física diz que toda ação gera uma reação, igual ou maior ao fato que a provocou.
Notar-se-ia por isso o quanto o mundo e as pessoas tem agido de forma estranha e preocupante nas últimas décadas?
O planeta parece agonizar aos poucos com seus destemperos climáticos e para aliviar o peso deste fardo incomodo, parece que de vez em quando tentar ajeitá-lo sobre os ombros pregando peças e sustos que levam milhares de vidas para o além, comovendo a todos.
Seria a lei de causa e efeito promovendo a compensação? Mas, por quê?
Apesar das notícias que nos chegam ninguém sabe contabilizar com precisão o desarranjo causado pelas mortes diárias que muitas vezes nem são contabilizadas.
Milhares de pessoas morrem todos os dias vítimas da violência. Morrem atirados, esfaqueados, explodidos, espancados, envenenados, de fome, frio, sede e de doenças mil...
São mortes que quase nunca se comenta de verdade, e se comenta, não dão o devido valor, porque a vida, infelizmente parece ter se tornado assunto banal.
Não se comenta, porque muitos de nós, da raça humana inteligente e racional, somos culpados de tudo isto.
Culpados porque calamos. Porque muitas vezes somos nós quem lucramos com tudo isto. Muitas vezes até sentimos prazer com a maldade. Maldade que dá um falso status de superioridade e alimenta o ego. Basta para isto observar o comportamento dos ditadores do velho mundo oriental.
Apesar de não sabermos com precisão qual é o número exato dessas almas que partem marginalizadas, a natureza parece não perder as contas jamais. E contabilizando, às vezes parece chegar à conclusão de que precisa compensar as coisas nas “tragédias da vida”, que quando não acontece em nossos lares, acontece nas cidades, em países ou em continentes inteiros. E com isso, lá se vão milhares de outras almas para o além, muitas, em situações difíceis.
Muitas dessas almas, às vezes vivem em países ricos e que não estão nem ai pro mundo. Estranho não? Faz pensar no que consideramos ser riqueza ou pobreza. O que é a verdadeira riqueza e o que fazemos dela?
Por incrível que pareça, essas “tragédias da vida” despertam em nós um sentimento que insiste em ficar adormecido: a compaixão.
Sentimento dos mais nobres que o homem pode ter. Esta muito bem explicito nos dizeres: “Ama teu próximo como a ti mesmo”.
Mas, claro! Isto tudo ainda não passa de vã filosofia: pura e bonita pra se falar, mas difícil de seguir.
Então deixemos de lado. Enquanto isto, nossos filhos vão se tornando drogados e amantes do sexo sem moral, nossos vizinhos menos tolerantes e amistosos e nós mais orgulhosos e vaidosos com as nossas outras conquistas inúteis, e, aqueles que não conhecemos vão morrendo de fome, frio, sede, dor, medo e principalmente, vão morrer pela falta de compaixão. E a natureza, faz o que dá: compensa...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Acreditar e Agir


As pessoas e seus atos, por si só já representam fontes inesgotáveis de lições, às quais podemos estudar e assim aprendermos a evitar os desagrados diários pelos quais podemos passar. Uma das coisas que chamam a atenção é a forma pela qual, muitos manifestam a sua capacidade de ter fé.
Desde que se tem notícias da humanidade, a fé tem sido ligada diretamente com as religiões. Sempre exprimiu a capacidade de se crer em algo impossível, ou melhor, em crer que algo seja possível, se associado com forças superiores e de origens não humanas.
Antes de tudo, é preciso lembrar que a capacidade de ter fé é uma faculdade inerente e particular em cada individuo.
  Situações há também em que ela é distorcida, e muitos tiram proveito disso de forma inconvencional. Uma prova disto esta no que podemos observar hoje, com no dito “mercado da fé”, onde muitos exploram a invigilância ou mesmo o fanatismo de muitos para lucrar.      
Indiferente a tudo isso, a fé continua sendo poderosa, e por meio dela muitos caminhos se abrem. Mas ela só é completa e verdadeira quando é cheia de caridade e quando renova as esperanças dos indivíduos.
Por muito tempo a fé foi alvo da filosofia (o amor pelo saber, que nos coloca acima dos acidentes da vida – no mundo, nada acontece por acaso...), e muitos debates foram feitos sobre ela.
Hoje, a própria medicina descobre que a fé cura, e cura muitas vezes com melhores resultados do que se fossem apenas realizados os processos hospitalares mais complexos.
A Fé é uma grande aliada da vida.
Ciências como a Física Quântica (fundamentada na primeira metade do século XX) e seus testes em laboratórios, descobriram que pelo crer (ter fé) os homens são capazes de criar eventos, ou em outras palavras, quem tem fé pode criar o que quiser.
Cria para si ou para o mundo.
Incontestavelmente, muitos são os motivos para sempre termos esperanças (outro nome para a fé), indiferentes de crenças ou das orientações religiosas.
Porém, há que se notar que ter atitude é fundamental.
Muitos dizem que tem muita fé ou esperança, mas não demonstram em seus atos de forma alguma.
A fé sem ação é cega. Vale lembrar “que se tivéssemos a fé (vontade) do tamanho de um grão de mostarda, moveríamos montanhas” de lugar.
Tudo na vida deve ser precedido antes de tudo pelos bons exemplos. Àqueles que se dizem cheios de fé, mas que não comprovam em seus atos, tem apenas a fé de vitrine, ou seja, aparentemente todos podem ver,  mas efetivamente, ninguém pode tocar ou ser tocado por ela.
Conta-se em uma história, que um barqueiro possuía em seu barco dois remos de madeira com as inscrições: “acreditar”, no remo direito; e, “agir” no esquerdo.
Sempre que apanhava passageiros, era questionado sobre o porquê das palavras nos remos, no que prontamente demonstrava pondo-se a remar. Primeiro remando apenas com o remo “acreditar”. O barco girava em circulo sem sair do lugar. Depois remava com o remo “agir” e o resultado era o mesmo. Depois juntava os dois remos, pondo-se a remar simultaneamente e o barco cruzava o rio de forma serena e precisa. Ao encostar na margem concluía:
_Assim é em nossa vida. Não basta apenas acreditar, é preciso também agir, se quisermos verdadeiramente vencermos os obstáculos do caminho.
Além da travessia, os passageiros conquistavam um ensinamento que valia para a vida toda.
Lembre-se, da mesma forma que a fé, o amor e a caridade sem ação, nunca levarão a lugar algum.