O
mundo esta mudando. O difícil é saber precisar para onde é que ele vai.
Diariamente
os nossos sentidos são inundados com centenas de noticias tristes e desprezíveis.
Isso nos alerta de quanto a humanidade ainda parece estar envolta nas sombras
da imaturidade e das inconsequências.
São
disputas, guerras, fome, violências sexuais e morais, o medo, a injustiça, as
drogas, as catástrofes...
Difícil
crer que tudo isto não crie condições que reflitam em todos, já que se sabe que
pensamentos e ações são como ondas eletrônicas que se propagam e cedo ou tarde
atingem alvos que estão distantes. Por vezes, os alvos somos nós próprios.
Uma
das leis da física diz que toda ação gera uma reação, igual ou maior ao fato
que a provocou.
Notar-se-ia
por isso o quanto o mundo e as pessoas tem agido de forma estranha e
preocupante nas últimas décadas?
O
planeta parece agonizar aos poucos com seus destemperos climáticos e para
aliviar o peso deste fardo incomodo, parece que de vez em quando tentar ajeitá-lo
sobre os ombros pregando peças e sustos que levam milhares de vidas para o
além, comovendo a todos.
Seria
a lei de causa e efeito promovendo a compensação? Mas, por quê?
Apesar
das notícias que nos chegam ninguém sabe contabilizar com precisão o desarranjo
causado pelas mortes diárias que muitas vezes nem são contabilizadas.
Milhares
de pessoas morrem todos os dias vítimas da violência. Morrem atirados,
esfaqueados, explodidos, espancados, envenenados, de fome, frio, sede e de
doenças mil...
São
mortes que quase nunca se comenta de verdade, e se comenta, não dão o devido
valor, porque a vida, infelizmente parece ter se tornado assunto banal.
Não
se comenta, porque muitos de nós, da raça humana inteligente e racional, somos
culpados de tudo isto.
Culpados
porque calamos. Porque muitas vezes somos nós quem lucramos com tudo isto.
Muitas vezes até sentimos prazer com a maldade. Maldade que dá um falso status
de superioridade e alimenta o ego. Basta para isto observar o comportamento dos
ditadores do velho mundo oriental.
Apesar
de não sabermos com precisão qual é o número exato dessas almas que partem
marginalizadas, a natureza parece não perder as contas jamais. E
contabilizando, às vezes parece chegar à conclusão de que precisa compensar as
coisas nas “tragédias da vida”, que quando não acontece em nossos lares,
acontece nas cidades, em países ou em continentes inteiros. E com isso, lá se
vão milhares de outras almas para o além, muitas, em situações difíceis.
Muitas
dessas almas, às vezes vivem em países ricos e que não estão nem ai pro mundo.
Estranho não? Faz pensar no que consideramos ser riqueza ou pobreza. O que é a
verdadeira riqueza e o que fazemos dela?
Por
incrível que pareça, essas “tragédias da vida” despertam em nós um sentimento
que insiste em ficar adormecido: a compaixão.
Sentimento
dos mais nobres que o homem pode ter. Esta muito bem explicito nos dizeres: “Ama
teu próximo como a ti mesmo”.
Mas,
claro! Isto tudo ainda não passa de vã filosofia: pura e bonita pra se falar,
mas difícil de seguir.
Então
deixemos de lado. Enquanto isto, nossos filhos vão se tornando drogados e amantes
do sexo sem moral, nossos vizinhos menos tolerantes e amistosos e nós mais
orgulhosos e vaidosos com as nossas outras conquistas inúteis, e, aqueles que
não conhecemos vão morrendo de fome, frio, sede, dor, medo e principalmente,
vão morrer pela falta de compaixão. E a natureza, faz o que dá: compensa...
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