quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Invejosos


Outro dia eu vasculhava em meus papéis antigos: revistas, jornais, textos, etc., a fim de peneirar algo que pudesse me servir de inspiração.
Lá pelas tantas, abri uma revista do ano de 2010 (Revista Internacional de Espiritismo) onde encontrei um texto de Davilson Silva, escritor e autor, em diversas mídias de renome. O texto abordava como tema, a “Inveja – Eu tenho, você não tem”, reportando a um comercial antigo de tesouras, cujo tema se referia ao “fazer inveja”.
O autor discorria sobre a triste situação de quem se vê dominado pela inveja, seus eternos conflitos dos, “por que Fulano tem e eu não tenho”, ou “por que Beltrano merece e eu não”, ou ainda, “Faço melhor do que Cicrano...”.
Com o autor, todos nós concordamos que a inveja não passa de uma terrível doença da alma – um grande mal moral. É uma energia negativa que prejudica em muito os invejados e leva os invejosos a grandes martírios íntimos, já que por conta disso, como a maioria dos doentes crônicos nunca admite suas doenças, sofrem horrores com isso. Acreditem, apesar do mal que causam, os invejosos são em regra, as maiores vítimas de si mesmos.
Davilson aponta ainda, de forma sutil, as quatro personalidades mais comuns de invejosos, as quais repasso agora sem maiores pretensões, é claro. São eles:
Invejoso ligth: Aquele cuja inveja é moderada. Nele há um pendor para realizar algo ou atingir uma meta que permanecia no íntimo, só lhe faltando coragem para levá-la a efeito ou nunca presumindo que poderia concretizá-la. A inveja neste caso o impele a pôr em prática coisas iguais ou diversas, de preferência melhores do que as do invejado, embora este seja mais inteligente, mais habilidoso, mais apto do que ele. O invejo ligth parece humilde por reconhecer o valor dos outros, no entanto não se tem certeza do grau de sinceridade, ao enaltecer alguém, quando diz ter inveja “no bom sentido”. Tenta surpreender, esforça-se por onde se igualar ao objeto de inveja ou por competir com ele em mérito ou qualidade. Se não tiver o talento, a inteligência, a aptidão que imagina, corre o risco de fazer-se digno de escárnio.
Invejoso complexado: “Quem sou eu!”, responde, se alguém ressalta nele alguma valia. Como o do primeiro tipo, ele dá ares de respeito, de reverência, de modéstia, mas esses sentimentos lhe são postiços. Não rivaliza como o do tipo anterior, pois acha-se impotente, incapaz. Sente-se um infeliz, um malsucedido, vê inimigos em toda parte e costuma acusar a sociedade, a Deus e o mundo pelos malogros; portanto, jamais sentirá o menor desejo de erguer alguém que mereça estimulo, salvo se lhe apeteça um favor, alguma vantagem material. Sem coragem de pôr-se melhor, reconhece-se um coitadinho, prefere permanecer invejoso. Esse tipo, se acaso solerte e tortuoso, isto é, malévolo, pode causar danos, sérios prejuízos como os das categorias a seguir.
Invejoso rancoroso: O invejoso rancoroso é também um complexado. Só que seu complexo é de superioridade. A sua inveja mórbida não admite o bom êxito, méritos e vantagens do invejado, e como ninguém é perfeito, ele se vale da mínima falha do seu rival para difundir a suspeita e o julgamento irrefletido. Oposto à verdade e à justiça, ele chega a febricitar de tanta inveja e vibra contra o invejado, se este consegue o que ele não conseguiu. Ele também se sente um coitadinho e, ao mesmo tempo, chega a ter ódio de si mesmo, mas logo, por vingança, dirige a energia desse ódio contra quem considera inimigo. Quando oportuno, boicota o objeto de inveja, critica-o satírica e mordazmente, reduze-o a nada. Cínico e sem escrúpulo além de hipócrita e sarcástico, a sua inveja odienta vai desde insinuações maldosas e falsas acusações até um possível ato deplorável.
Invejoso tirânico: Esse tipo de invejoso é dos piores. Nele observa-se defeitos e respostas inerentes aos do tipo anterior. Se exerce um cargo de autoridade, ou se desempenha função de liderança, é capaz de usar de suas prerrogativas para oprimir, humilhar o objeto de inveja. Por julgarem-no importante, ele se vê em cima de um pedestal bem alto e, da mesma forma que o invejoso rancoroso, é claro, não aceita a superioridade de ninguém, principalmente, de quem ele inveja...
Com podemos observar, nada de Cristão existe na inveja. Atitudes como estas, além de provocarem males, por vezes irreversíveis, em nada são comparados aos ensinamentos de Jesus tão cheios de amor e de caridade para com o próximo.
Se por algum motivo se identificar com alguma das personalidades acima, é hora de refletir um pouco mais sobre os rumos que tomam a vida. Pense nisso.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Revelações


Não é de se espantar que, no vira e mexe das coisas, sempre nos vemos em volta das questões espirituais.
Há quem creia ou não, quem tenha medo, quem fuja, e até quem trate do assunto com bom grado.
Num país com tantas raízes religiosas, é natural que existam várias visões sobre o assunto. É parte de nossa cultura e certamente não deixará de existir tão cedo, a crença no que diz respeito o espiritual. O que pode acontecer, apenas é um aprimoramento...
Constatando por outro lado, mesmo os vários ramos da ciência hoje se vêem fadados a aceitar e a estudar o mundo das coisas espirituais, pois estes inevitavelmente estão indo bater na porta da frente dos seus laboratórios.
Em matéria de saúde, chegam à conclusão de que realmente acontecem curas espirituais milagrosas e complexas, longe de suas compreensões. A única coisa de que tem certeza, é de que a fé é o ponto de partida.
Na psicologia, muitas vezes os terapeutas se deparam nas entrevistas com seus pacientes com “entidades” dizendo vir de fora do mundo físico que conhecemos, tomando para si a responsabilidade do assédio ou mesmo a subjugação do indivíduo. Apenas a mente aberta do terapeuta, o diálogo franco e fraterno e o perdão proporcionado podem libertar ambos.
Ou ainda, experiências inéditas feitas na Inglaterra e posteriormente no Brasil por pesquisadores de vanguarda, tem como base o trato com pacientes em coma profundo, muitos de nascença. Utilizando de parelhos moderníssimos e sensíveis, captam estímulos magnéticos dos pacientes promovendo diálogos conscientes que ajudam no trato ou no tratamento do paciente, e o principal, comprovam que a vida continua em outros planos, indiferente da condição do corpo material.
Nas ciências astronômicas, cientistas descobrem que há muito mais coisas no universo do que os nossos sentidos captam. Sob o crivo de estudos sérios, chegam à conclusão de que existem no mínimo mais onze dimensões extra-físicas convivendo em paralelo a dimensão material em que vivemos. Dimensões essas cujos poucos sentidos apurados de algumas pessoas podem enxergar e que durante os séculos forma ganhando nome de “Mundos Espirituais”, de onde provinham os mensageiros celestes sempre a guiar a humanidade.
Vemos os movimentos religiosos como o Espiritismo Cristão, com sua nova didática evangélica e a revelação de que da morte não existe, os estudos científicos sérios que promovem aliados as técnicas magnéticas que aplicam e a reforma moral dos indivíduos, além do despertar da fé, que promove curas e ganham a simpatia do povo.
Os movimentos protestantes, também atraindo milhares de pessoas e apresentando-lhes também a moral evangélica e renovando corações sob as bênçãos do Espírito Santo de Deus, de mesmo modo os movimentos carismáticos promovendo o reencontro dos homens com Deus sob as mesmas bênçãos, são grandes testemunhos de Sua existência e por consequência, os mundos, reinos ou dimensões espirituais, que se revelam hoje para a humanidade.
Todos por fim comprovam as verdades contidas nas palavras de Jesus quando afirma que “o meu reino não é deste mundo” -  João 18:36.
Todos, hoje rumam ao entendimento de que por mais que pareça o contrário, a morte não existe e é uma ilusão.
A vida continua em outros planos como já começa a testemunhar a própria ciência que durante muitos séculos procurou esconder do povo as verdades que não entendiam e não podia explicar.
Despindo-nos do orgulho que fecha os nossos olhos para as questões espirituais, e também da vaidade que nos prende as questões materiais e egoístas, descobriremos mais uma vez que somos seres espirituais criados a imagem e a semelhança de Deus, caminhando rumo a nossa perfeição moral, e em várias existências se necessário for.
São revelações que nos chegam conforme o nosso grau de entendimento e aceitação, mas que nem por isso deixam de fazer parte do mundo das coisas naturais.