terça-feira, 28 de setembro de 2010

Refletindo


Domingo passado(12/09/10), quem teve a oportunidade de assistir ao programa “Fantástico” da Rede Globo, surpreendeu-se com a matéria apresentada.
Talvez uma centena de jovens ou mais, foram abordados pela polícia, depois de serem flagrados praticando os mais diversos atos de corrupção moral e corporal.
Depois de ouvir vários comentários sobre as cenas fortes, lembrei de um texto elaborado pela polícia de Houston, Texas (EUA), há alguns anos, justamente para reprimir situações como aquelas apresentadas no programa.
E ainda, por coincidência ou não, outro dia participei em Umuarama de um fórum, onde o assunto era educação, e o tema era “Pais e Evangelização: Desafio de Urgência”, onde este mesmo texto foi debatido. Segue abaixo:
“O Departamento de Polícia de Houston, Texas, elaborou uma lista enumerando 9 MANEIRAS FÁCEIS DE COMO CRIAR UM DELINQÜENTE. A lista é a seguinte:
1 - comece, na infância, a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.
2 - quando ele disser palavrões, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
3 - nunca lhe dê orientação religiosa. Espere até que ele chegue aos 21 anos, e “decida por si mesmo”.
4 - apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros, toda a responsabilidade.
5 - discuta com freqüência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6 - dê-lhe todo o dinheiro que quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro. Por que terá ele de passar pelas mesmas dificuldades por que você passou?
7 - satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. (Negar pode acarretar frustrações prejudiciais).
8 - tome o partido dele contra vizinhos e policiais. (Todos têm má vontade para com o seu filho).
9 - quando se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: “nunca consegui dominá-lo.”
Aja assim, e prepare-se para uma vida de desgosto. É o seu merecido destino.”

Sempre costumo bater na tecla da educação e este texto representa bem as opiniões que defendo.
Indiferente a tudo, a educação moral sempre será de responsabilidade dos pais, e quando de alguma forma forem impossibilitados de educar, a responsabilidade é da instituição familiar.
Infelizmente, há quem ainda se engane, pensando que essa responsabilidade é da escola, confundindo “educação intelectual” com “educação moral”.
As duas são de extrema importância, mas, há que se notar que só com a educação moral, é possível criar cidadãos de bem, ao passo que, só se fazendo a educação intelectual, corre-se o risco de criarmos grandes monstros, e a própria história prova isto (Adolf Hitler-Alemanha, 1889-1945 – Grande estrategista e manipulador – levou milhões de pessoas a morte. Napoleão Bonaparte-França, 1769 – 1821, outro grande estadista, que por conta de sua loucura, levou milhares de pessoas à guerra e muitos, à morte).
Sendo assim, que possamos gastar mais tempo com  nossas famílias. Que os diálogos fraternos se tornem mais freqüentes em nossos lares, visando sempre aprimorar as qualidades morais e conseqüentemente formar cidadãos moralmente competentes.

sábado, 18 de setembro de 2010

Despertar

Parece que de tempos em tempos, a humanidade se percebe as vésperas do fim do mundo. Uma atmosfera mística toma conta de tudo e as opiniões desencontradas, transformam-se em verdadeiras tempestades emocionais, refletindo em tudo e em todos.
Isso ocorreu no passado por diversas vezes e esta acontecendo agora outra vez. Mas espera lá que ainda não é o fim dos tempos, embora que pelos sinais, não pareça estar muito longe.
Mas voltando um pouco mais ao passado, observamos que nos momentos em que houve o caos, sucessivamente, houve o progresso: com a decadência das eras feudais, vieram as eras industriais; com a destruição das cidades pelas guerras, surgiram as novas arquiteturas, as novas tecnologias e a evolução das ciências, etc.
Mas, e agora? Nesse momento grotesco em que vivem as sociedades, onde a decadência moral parece dominar a tudo, que deverá suceder a tudo isto?
Não há como não crer, que seja Um Despertar Espiritual!
Como humanidade já adquirimos um certo grau de perfeição, se observarmos que mais ou menos em 20.000 anos, fomos criados, crescemos, transformamos o mundo e evoluímos intelectualmente, mas em se tratando das qualidades do espírito, ainda temos muitas deficiências.
Por isso torna-se difícil crer que a próxima grande revolução humana, não seja senão aquela que se dê na alma.
Como humanos, seres materiais, somos perfeitos e estamos em constante evolução, e a própria história prova isso. As deficiências do corpo e da matéria foram quase todas superadas, mas em se tratando das deficiências morais, as que se refletem nos anseios da alma, há muito que se trabalhar ainda.
Se o tempo é de mudanças, é necessário despertar.
É preciso que saibamos ver e perceber as verdadeiras realidades espirituais, com as virtudes do coração.
Somos suficientemente inteligentes e autônomos para reaprender e reviver as lições deixadas à 2010 anos atrás. É hora de pô-las em prática, para que possamos despertar e enxergar com os olhos do coração.
Às vezes têm-se a impressão de que existe uma cegueira espiritual que entorpece os sentidos, deixando-nos alheios as realidades, em um mundo onde falta o dialogo fraternal, onde falta a tolerância, mundo este onde famílias sãos constituídas por “trepadas” inconsequentes.
Vale lembrar que “a capacidade de ver e ouvir” tem muito mais com a capacidade de aceitar as coisas, aceitar que estivemos errando por muito tempo.
As mudanças estão chegando, talvez até já tenham se iniciado. É preciso preparar-se espiritualmente para não sermos pegos de surpresa. É preciso despertar.
Chico Xavier disse uma vez: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
Sendo assim, não há necessidade de se perder tempo com lamentações. Basta deixar-se perceber que um novo tempo se aproxima e simplesmente começar a agir.
Se desejar ser radical, pense como sendo o fim, mas não o fim do mundo como conhecemos, e sim o fim das eras sombrias das coisas materiais e inconscientes.
A hora é de despertar para questões espirituais, é hora das coisas sentidas e vividas pelo coração, como na lição de amor dada à 2010 anos passados.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Exageros

Sempre me valho da correria do dia a dia para tentar expressar idéias por julgar que uma parte da culpa por nossa desatenção cabe a ela, mas não só à ela. Então vamos nós outra vez.
Numa auto avaliação, você já reparou com que freqüência faz as coisas e em que quantidades?
Você costuma avaliar se as atividades que costuma praticar no dia a dia, lhe trazem benefícios ou malefícios?
Pense nessas duas questões e depois se dê uma resposta valida.
Quando não fazemos este tipo de avaliação, estamos sujeitos em determinadas situações ou circunstâncias a grandes malefícios físicos e espirituais. Trato aqui, dos exageros que cometemos.
Há quem possa dizer que um exagero de vez em quando não faça mal e com isso podemos até concordar, mesmo porque “de vez em quando” não caracteriza exageros. Mas, será?
Às vezes nos deparamos com situações que nos deixam por demais intrigados. Encontramos pessoas (isso nunca acontece conosco mesmo lol) que parecem sofrer de algum transtorno. As vezes até reconhecemos os sintomas mas não sabemos explicar as origens. Entre os muitos, podemos citar aqui os famosos pecados capitais (esquecidos, diga-se de passagem):
1) A Gula: consiste em comer além do necessário e a toda hora; _Já reparou como algumas vezes encontramos pessoas que parecem sofrer desse transtorno. Sabe-se lá de onde vem tanta fome!?
2) Avareza: é a cobiça de bens materiais e dinheiro; _Há outros que se dedicam a enriquecer. O pior, é que muitas vezes os meios não são em nada cristãos.
3) A Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa; _Infelizmente, muitos jovens estão se valendo desses valores. As conseqüências serão certamente amargas.
4) Ira: é a junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor que às vezes é incontrolável; _Os que sofrem de ira parecem ser amargos por natureza e uma das características é a intolerância, com tudo e com todos.
5) Soberba: é caracterizado pela falta de humildade de uma pessoa, alguém que se
acha auto-suficiente; _ Esses são reconhecidos pelo fato de pregarem que só o que é deles é bom e o dos outros nunca têm valor.
6) Luxúria: apego aos prazeres carnais; _Será que existem pessoas assim ainda? Você por um acaso conhece alguém?
7) Preguiça: é a aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico. (Prefere evitar a fadiga – como diria o Jaiminho).
Os sete pecados capitais são apenas uma referência aos exageros cometidos. A lista é bem maior e cada um de nós conseguiria apontar uma dezena a mais deles com muita facilidade.
Segue abaixo outro exemplo:
Certo dia, um jovem que trabalhava em uma repartição pública, na companhia de outros colegas que costumavam se reunir todos os finais de expediente para beber e fumar à vontade, foi convidado a acompanhá-los.
Ele agradeceu e disse que não bebia e que também não lhe agradava a fumaça do cigarro. Os demais riram dele e lhe perguntaram, com ironia, se a religião não lhe permitia, ao que ele respondeu:
_A minha inteligência é que me impede de fazer isso.
_E que inteligência é essa que não lhe permite aproveitar a vida?
Perguntaram os colegas.
O rapaz respondeu com serenidade:
_E vocês acham que eu gastaria o dinheiro que ganho para me envenenar? Vocês se consideram muito espertos, mas estão pagando para estragar a própria saúde e encurtar a vida que, para mim, é preciosa demais.
Extraído do site: www.momento.com.br
Por vezes, perde-se em raciocínio até mesmo para os animais, pois até estes sabem distinguir seus limites. Além de prejudicar a saúde, os exageros levam também a desequilíbrios de ordem espirituais, por vezes irreversíveis.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Limpando a garagem

Outro dia ouvi de um amigo uma história e irei repassar agora. Embora simples, percebi que trazia consigo grande ensinamento.
Me contou que, enquanto fazia uma faxina em casa, encontrou na garagem um velho saco cheio de velharias e outros objetos que apenas ocupavam espaço. De momento Sentiu vontade de doar tudo. Intimamente se questionava o porquê de ter guardado tudo aquilo por tanto tempo.
Remexendo nas quinquilharias, encontrou outro saco, este, cheio de latinhas vazias. Pensou em vender, a fim de juntar alguns trocados.
Por coincidência ou não, bem na hora que levava os objetos para o lado de fora da casa, passava na rua um senhor que juntava material para reciclagem.
Sentiu vontade de dar a ele as latinhas e os outros objetos. Ao mesmo tempo, sentia-se tentado em vender tudo e lucrar alguns poucos trocados. Era o apego falando alto.
Relutou e preferiu ouvir o que dizia seu coração. Chamou o senhor e sem hesitar mais, deu-lhe não só saco com as latinhas, mas também os outros objetos.
Segundo ele, o homem mal cabia em si de tanta alegria, e o agradeceu de forma acanhada, mas de um jeito que demonstrava profunda sinceridade nos gestos.
Essa história parece até comum e simples, se olhada superficialmente. Foi como aconteceu comigo da primeira vez em que ouvi. Mas depois, refletindo, foi que percebi quão grande era a lição por trás daquilo tudo.
Fazendo uma comparação, a garagem representa nossa vida e o dia-a-dia, e os objetos velhos, tudo o quanto conseguimos juntar em questão de sentimentos. São os velhos conceitos que temos das pessoas e do mundo.
Por vezes nos apegamos em demasia a coisas fúteis e amontoamos em nossa “garagem” existencial.
Quantas fantasias vestimos em determinados momentos de nossas vidas, e depois, por alguns mistério alheio a nossa compreensão, estocamos na garagem em vez de nos livrarmos delas?
Quantos conceitos e pré-conceitos equivocados amontoamos, permanecendo no erro enquanto observávamos tudo a nossa volta mudar para o melhor?
Como humanidade, somos ainda muito jovens em nossa existência, e por conta disso ainda guardamos muitos apegos desnecessários. Paixões de toda espécie, que retardam a nossa evolução moral: as paixões vulgares, a falta de empatia, a maldade, o sarcasmo, etc.
Somente agora começamos a despertar para as verdades maiores, onde o amor torna-se a linguagem universal.
De pouco em pouco vamos descobrir que não é mais necessário armazenar nada sem valor em “nossa garagem da alma”.
A evolução rumo ao melhor é constante, é feita dia após dia, e para que isso aconteça, a faxina deve ser constante.
É preciso conservar e repassar o que é bom, e inevitavelmente jogar fora o que não nos faz bem.
Que troquemos as mágoas pelo perdão, às paixões passageiras por amor verdadeiro, a ambição pela caridade, a vaidade pela humildade... Por fim, melhorar um pouco a cada dia.
Para concluir, meu amigo disse que se sentiu melhor depois da faxina. Sentia tudo renovado, tanto no ambiente, como em si mesmo.
 Assim também é em nossas vidas.
Que tal limparmos a garagem?