quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Vinganças



 Como já fiz em outros artigos, faço questão de repassar pensamentos que não são meus, mas que levam a reflexões profundas. Espero que todos se encantem com esta mensagem como eu. Que todos tenham uma ótima leitura.
A vingança
Você considera a vingança como um ato de coragem ou de covardia?
Algumas pessoas acreditam que a vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas não se pode tolerar uma afronta sem se rebaixar.
Pensam que a tolerância e a indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia. Todavia, temos de convir que o ato de vingar-se jamais constitui prova de coragem.
Geralmente, quando buscamos revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião pública. Não importa que a nossa consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a sociedade não nos julgue assim.
O mesmo não ocorre com relação ao ato de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade.
Enquanto a vingança é uma ladeira fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir.
Algumas pessoas costumam enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para tolerar uma pequena ofensa. Escalam, com ousadia, altas montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura, mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça.
Dão grande prova de coragem em alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do cinismo, da falsidade, da infidelidade.
Realmente fortes são aqueles que conseguem conter-se diante de uma agressão.
A verdadeira fortaleza está nas almas que não se descontrolam quando são ofendidas.
Que não se impacientam quando são incomodadas.
Que não se perturbam, quando são incompreendidas.
Que não se queixam, quando são prejudicadas.
Verdadeira coragem é aquela de que o cristo nos deu o exemplo.
Ele sofreu a ingratidão daqueles a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado, caluniado, cuspiram-Lhe no rosto e O crucificaram, e Ele tomou uma única atitude: a do perdão.
Por várias vezes, em sua passagem pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas sempre optou pela dignidade de calar-se.
Diante das agressões recebidas, o Meigo Rabi da Galiléia passava lições grandiosas, como aconteceu com soldado que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas.
Sem perder a serenidade habitual, o cristo olhou-o nos olhos e lhe perguntou: “se eu errei, aponta meu erro, mas se não errei, por que me bates?”
Essa é a atitude de uma alma verdadeiramente grande.
Pense nisso!
Se Jesus tivesse parado em meio à caminhada do Gólgota, largado a cruz injusta do suplício, para se voltar contra Seus agressores e exercer sobre eles o direito de vingança, certamente não teria passado à posteridade como Modelo de perfeição e de amor.
Pense nisso!
Texto extraído do site: http://www.momento.com.br


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Embriagados


Nunca se ouviu falar tanto em mudanças planetárias quanto nos últimos tempos. São tantos dados, fatos, versões e situações que mais confundem do que esclarecem.
São tantas idéias e teorias, que quando refletidas com um pouco mais de seriedade, dá mesmo um mal estar estomacal. Tem de vários tipos e sabores. Desde conspirações de domínio e extermínio por parte dos governos “ocultos”, até mesmo as teorias de fins de tempo ou, de ciclos evolutivos, conforme a interpretação.
Mas, há que se refletir o por que dessas teorias todas nos afetarem de alguma maneira: é que intimamente, de alguma forma, realmente percebemos que algo de muito sério esta por acontecer.
Se preferir, sem com isso querer aumentar ainda mais os burburinhos, perceba que nunca se presenciou tão fortemente, tanto a confusão, como o caos apocalíptico como agora.
È comum desejarmos por mudanças radicais, algo que nos alivie do “fardo”. No entanto, é preciso saber que isso não pode se dar sem nossa participação, e que os resultados sempre se darão conforme as nossas escolhas (já leu “O desabafo de uma Guaírense?).
É inútil desejar que o mundo mude se não mudarmos primeiro.
Outro dia, em programa bem conhecido de televisão, presenciei uma narrativa que além de mim, certamente revoltou há muitos.
Em dada cidade do nordeste brasileiro, em abril do ano passado, um motorista foi preso depois que, embriagado, atropelou e matou um jovem rapaz. De acordo com as leis brasileiras, foi liberado da prisão depois de pagar míseros R$400,00 de fiança.
Se você não viu a reportagem e pasmou, vai ficar mais pasmado ainda ao saber que, esse mesmo motorista, em outubro de 2011, foi detido novamente por cometer o mesmo crime hediondo: atropelou e matou mais um jovem, por estar dirigindo bêbado novamente (e bêbado é pouco para descrever o estado do infeliz).
Agora o “ X ” da questão: se nesse tempo todo, esse cidadão foi incapaz de se sentir tocado, ao menos sentir um pouco de remorso pela morte e dor causada ao ponto de repetir o crime, o que será que é feito das pequenas infrações, crimes e delitos que são cometidos nas surdina, e que, muitas vezes só a consciência regista, e pior ainda, crimes que por vezes, nós é quem somos os autores???
Muitos já devem ter ouvido ou lido a história do pai que, para distrair o filho para poder trabalhar, pegou em uma velha revista a página onde continha a figura do mapa-múndi, e o doutro lado, só notado pelo menino, a figura de um homem.
Cortou com a tesoura em vários pedaços indecifráveis para que ele fosse remendando com fitas adesivas. Com isso ganharia tempo suficiente para poder terminar o trabalho. Quão nada, cinco minutos depois, o menino anuncia ter acabado de consertar o mapa.
_Impossível diz o pai! Você nem sabia que formato tinha o mundo!
No que ele responde:
_Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem. Então virei os recortes e comecei a consertar o homem, que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem e virei a folha, vi que também havia consertado o mundo. \o/
Egoísmo, orgulho e vaidade, sempre foram apontados, inclusive por Jesus como sendo os grandes males que corrompem o homem.
São sentimentos que nos deixam verdadeiramente embriagados e incapazes de despertar para uma vida mais sadia, justa e sagrada conosco e com nossos semelhantes.
Certamente o mundo esta mudando, e por pior que pareça, é para o melhor. Indiferente das teorias, também é nossa obrigação sermos seres melhores, para quando Ele chegar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Gladiadores

Ouve-se por ai com freqüência, num desses velhos ditados populares que, “política, futebol e religião não se discute”. Isso se dá, porque comumente geram-se grandes atritos ao redor dos temas. Por vezes, os resultados são mesmo desastrosos e isso se dá, porque acabamos por impor estímulos de competição aos ideais de forma muito parcial, e cheias de “razão”.
O Brasil é um país de características bem particulares. Como podemos perceber no dia-a-dia, e também porque a história registra, nosso povo nasceu da conjunção de várias etnias e culturas vindas de várias partes do mundo.
Não há como não crer que certamente “somos um povo abençoado por Deus, e, bonito por natureza”.
Não crê?
Então responda: Em que outro país do mundo encontramos tantas divergências de pensamentos e ideais convivendo juntas, em harmonia e sem guerras?
Na obra mediúnica – Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (1938) – ditada pelo espírito de Humberto de Campos ao médium Chico Xavier, narram-se os preparativos espirituais desde as épocas das grandes expedições européias, à colonização do Brasil, preparando-o para ser o grande acolhedor do Evangelho Cristão.
E isto podemos notar claramente hoje. Onde quer que passemos, certamente encontraremos uma infinidade de templos religiosos, cheios ou não de sincretismos (sistema filosófico ou religioso que combina os princípios de diversas doutrinas) culturais, mas que, em sua essência, buscam à Deus.
Infelizmente, em paralelo a isto, tristemente ainda presenciamos uma grande rivalidade religiosa estabelecida. Por vezes, transformando esses mesmos templos, em concentrações de gladiadores prontos a defender com unhas e dentes, com ou sem ética e mesmo de forma ilícita os seus ideais, ainda tentando estabelecer qual templo esta certo em relação à religião e a Deus.
Nessa competição fútil, todos os participantes buscam “ganhar o céu”, esquecendo-se de um dos maiores ensinamentos de Jesus: “não julgueis para que não sejais julgados” Mateus 7:1.
Por falar em ganhar os céus, tem também aqueles que em nome de Deus, preferem descaradamente é ganhar DINHEIRO as custas de fiéis mais humildes e ignorantes...
O povo brasileiro é conhecido por ser muito hospitaleiro e solidário (graças a Deus, ao menos isso) e é também por isso que seja comum por aqui, criarem-se ONGs e movimentos diversos em prol da “tolerância racial”, “anti-homofobia”, de “inclusão social”, etc.
Todos muito meritosos, mesmo porque somos todos filhos de Deus, e iguais diante d’Ele, indiferente de opiniões diversas e orgulhosas. Parece até que só aprendemos, se evidenciamos os fatos tomando tais atitudes.
Mas, diante de algumas constatações, seria bom, que se criasse também movimentos em prol da “tolerância e da unificação Cristã”, antes que os gladiadores saiam de suas concentrações direto para as arenas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mutantes


Uma das grandes preocupações dos homens, certamente sempre o foi a sua aparência e a maneira de como a sociedade o enxerga.
Certamente, isto sempre leva alguns a se enxerem de aparatos materiais e psicológicos a fim de que possam sustentar certo tipo de postura ou manter certo grau de status que reluzem diante de certos olhares mais vulgares.
Isto geralmente cria seres aterradores iguais aqueles que vemos nos filmes de ficção, cheios de mutações – isto lógico, no sentido figurado.
Certas atitudes e escolhas contribuem para isto. Logo, também estamos acostumados a criar listas em que enquadramos pessoas dotadas de tais características como sendo “boas” ou “más”.
Este pré-dispor a manter aparências, cedo ou tarde trás grandes incômodos, pois somos levados a representar algo que realmente não somos, ou como diz o Giovani: _Um dia a casa cai!
Dentro deste contexto, passamos exclusivamente a ser seres artificiais, programados apenas para encher de brilho ou de pavor, os olhos daqueles que passam os dias a se preocuparem com a vida dos outros.
Paralelo a isto, se observamos a história, o homem sempre buscou maquiar as suas verdadeiras intenções com resultados desastrosos.
Citamos por exemplo, a alegoria do Cavalo de Tróia, retratada na épica batalha grega, construído por Epeu. Maquiada sobre a imponência e beleza retratada na figura do cavalo grego, suposto presente do deus Apolo, escondia-se o terror da guerra, da cobiça e da dominação, culminado como sabemos, em verdadeiro banho de sangue que deu a vitória aos gregos escondidos no ventre do animal, como descritos na narrativa.
 Em se tratando de religião, o homem conseguiu mesmo mudar a personalidade de Deus, mutando-o da voz que falava a Moisés no deserto, ao deus altivo e cruel de barba e túnica branca de feição nada amistosa, absorvido possivelmente da cultura greco-romana nos primeiros anos da era cristã, a moda da figura do ídolo Zeus, o grande deus do panteão de deuses gregos, em uma época marcada por projetos de dominação, de ignorância e de maldades.
Por vezes, estes tipos de atitudes estão tão enraizados nas pessoas, que mesmo quando buscam praticar atos mais nobres, como por exemplo a caridade, o fazem na intenção de transparecer, na verdade, nada mais do que a suas vaidades.
Jesus recomendou “não deixai que a vossa mão esquerda saiba o que dá a vossa mão direita”.
Em outras palavras, recomenda-nos a discrição de nossos atos, bem diferente do comumente se pratica hoje em dia.
Certamente somos influenciados pelo mundo em nosso redor. Somos tentados por conceitos e modismos equivocados e sempre voltados às questões materiais, que não nos levam a nada.
Vejamos por exemplo, a nova crise monetária que se aproxima. Anos e mais anos de políticas financeiras e lucros injustos não são mais capazes de sustentar a mentira que se tornou o capitalismo e o consumismo desenfreado, que enriquecem alguns, e condena milhões a morte, como por exemplo, os povos somalis no norte da África.
No entanto, chega a hora de mostrarmos quem realmente somos, mesmo que isso cause dor e nos mostre ainda mais imperfeitos e falíveis.
Lembremos que sempre é tempo de elevar os nossos pensamentos aquele verdadeiro Deus, que por vezes esquecemos e que, quando procurado sempre nos dá chances novas pela vida e em vidas novas.
Ele sempre saberá quem realmente somos, indiferente das mutações pelas quais passarmos.