quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Embriagados


Nunca se ouviu falar tanto em mudanças planetárias quanto nos últimos tempos. São tantos dados, fatos, versões e situações que mais confundem do que esclarecem.
São tantas idéias e teorias, que quando refletidas com um pouco mais de seriedade, dá mesmo um mal estar estomacal. Tem de vários tipos e sabores. Desde conspirações de domínio e extermínio por parte dos governos “ocultos”, até mesmo as teorias de fins de tempo ou, de ciclos evolutivos, conforme a interpretação.
Mas, há que se refletir o por que dessas teorias todas nos afetarem de alguma maneira: é que intimamente, de alguma forma, realmente percebemos que algo de muito sério esta por acontecer.
Se preferir, sem com isso querer aumentar ainda mais os burburinhos, perceba que nunca se presenciou tão fortemente, tanto a confusão, como o caos apocalíptico como agora.
È comum desejarmos por mudanças radicais, algo que nos alivie do “fardo”. No entanto, é preciso saber que isso não pode se dar sem nossa participação, e que os resultados sempre se darão conforme as nossas escolhas (já leu “O desabafo de uma Guaírense?).
É inútil desejar que o mundo mude se não mudarmos primeiro.
Outro dia, em programa bem conhecido de televisão, presenciei uma narrativa que além de mim, certamente revoltou há muitos.
Em dada cidade do nordeste brasileiro, em abril do ano passado, um motorista foi preso depois que, embriagado, atropelou e matou um jovem rapaz. De acordo com as leis brasileiras, foi liberado da prisão depois de pagar míseros R$400,00 de fiança.
Se você não viu a reportagem e pasmou, vai ficar mais pasmado ainda ao saber que, esse mesmo motorista, em outubro de 2011, foi detido novamente por cometer o mesmo crime hediondo: atropelou e matou mais um jovem, por estar dirigindo bêbado novamente (e bêbado é pouco para descrever o estado do infeliz).
Agora o “ X ” da questão: se nesse tempo todo, esse cidadão foi incapaz de se sentir tocado, ao menos sentir um pouco de remorso pela morte e dor causada ao ponto de repetir o crime, o que será que é feito das pequenas infrações, crimes e delitos que são cometidos nas surdina, e que, muitas vezes só a consciência regista, e pior ainda, crimes que por vezes, nós é quem somos os autores???
Muitos já devem ter ouvido ou lido a história do pai que, para distrair o filho para poder trabalhar, pegou em uma velha revista a página onde continha a figura do mapa-múndi, e o doutro lado, só notado pelo menino, a figura de um homem.
Cortou com a tesoura em vários pedaços indecifráveis para que ele fosse remendando com fitas adesivas. Com isso ganharia tempo suficiente para poder terminar o trabalho. Quão nada, cinco minutos depois, o menino anuncia ter acabado de consertar o mapa.
_Impossível diz o pai! Você nem sabia que formato tinha o mundo!
No que ele responde:
_Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem. Então virei os recortes e comecei a consertar o homem, que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem e virei a folha, vi que também havia consertado o mundo. \o/
Egoísmo, orgulho e vaidade, sempre foram apontados, inclusive por Jesus como sendo os grandes males que corrompem o homem.
São sentimentos que nos deixam verdadeiramente embriagados e incapazes de despertar para uma vida mais sadia, justa e sagrada conosco e com nossos semelhantes.
Certamente o mundo esta mudando, e por pior que pareça, é para o melhor. Indiferente das teorias, também é nossa obrigação sermos seres melhores, para quando Ele chegar.

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