quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Big Baixaria Brasil


Indiscutivelmente a televisão é hoje um dos meios de comunicação mais acessíveis que existem, junto com rádio e internet, todos muito influenciáveis.
Durante muito tempo ela criou e modificou gerações, e formas de se pensar. Na maior parte do tempo “educou” de forma equivocada, sempre motivada por idéias consumistas e de falsa superioridade.
O lema maior é de que somos livres para escolher (dentro do que propõem é claro) como num comercialzinho que rola por ai.
Pois bem, sendo assim, até que ponto somos influenciáveis e o quanto mudamos por conta disso?
Não vamos criar um motim televisivo, afinal hoje em dia, mais do que nunca a TV é um meio de comunicação muito válido, onde a maior necessidade, é a de se filtrar o tipo de conteúdo que recebemos para não corrermos o risco de cairmos em demências morais, por vezes disfarçadas em opiniões “achistas” e sem base alguma: “ _ Porque achei legal!” – e pronto...
Há de se perguntar: como é possível “achar legal” programas que vão ao ar apenas para promover baixarias públicas e competições descabidas, sem falar da apologia ao desrespeito e a moral do próximo?
O mais triste disso tudo é que somos coniventes e nos deixamos vitimizar. Somos os primeiros a cair na tentação da “espiadinha” porque falar da vida alheia é algo nato do ser humano (affff) e caímos em tentação. Aliás, nem somos tão vítimas assim, vítimas são nossos filhos!
Nós pelo menos já abrimos os olhos pra essa baixaria toda, que de tão baixo, já tem gente com complexo de minhoca.
Vítimas mesmo são os nossos filhinhos que assistem a tudo porque “acham” engraçado e no outro dia é um ótimo assunto para se comentar durante aquela aula chata na escola.
Sabe, nós como pais conscientes que somos, deveríamos poupá-los dessas armadilhas mortais que deixam seqüelas para uma vida toda.
Tenho saudades dos tempos de criança. Saudades dos desenhos de super-heróis que ao final de cada série davam uma boa lição de moral e de conduta.
Naquele tempo, ainda se falava em humildade e caridade. Se ensinava a ser tolerantes e gentis. Ensinavam a estender a mão e a fazer o bem a quem necessite.
Oh tempinho bom!
Mas deixemo-nos voltar para o futuro outra vez. Eu, pelo menos já estou desarmando as armadilhas aqui em casa.
Pra quem não sabe to mudando de classe. Já que público se mede por classes: “A” – o público mais culto e exigente que odeia baixaria; “B” – os indecisos que costumam pender para os dois lados; e “C” – bom, c, nem se comenta...
Como ia dizendo to mudando de classe. Agora vou para a classe “A”. Instalei dois ótimos aparelhos aqui em casa que filtram tudo quanto é porcaria da TV. Só deixam passar conteúdo classe “A”. E eu até recomendo os aparelhos:
Um é o “desconfiômetro” e o outro é a decência.
E o melhor de tudo é que os dois são de graça!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

É Bom Saber


Como é bom saber que, apesar do que pareça, os homens ainda saibam se dar valor.
É bom saber que ainda existam corações que batem, para que outros continuem batendo.
E ainda, para aqueles que mesmo a distância, vendo seus noticiários, se compadeçam daqueles irmãos menos afortunados cujas forças naturais levaram parte de suas vidas. Mesmo a distância, rogam a Deus por auxilio, enchendo os céus de preces e luzes confortadoras e benditas, convertidas em paz e derramadas sobre os que necessitam.
Como é bom saber que Deus existe e quem por mais que não compreendamos, em suas obras nada seja inválido. Aos nossos olhos é apenas uma forma misteriosa e superior.
Age assim mesmo, sem que entendamos muitas vezes, mas que no final, sempre se revela e descobrimos que nunca caminhamos sós e que mesmo diante da dor, surge sempre a esperança.
Às vezes, é triste, dolorida e comovente, mas a justiça divina sempre está presente e para aqueles que já não podem mais contar com o conforto do lar acolhedor, muitos, destroçados, há sempre braços amigos, que dão não somente o conforto do calor humano, mas também a certeza de que não importa o que aconteça, é preciso continuar e sempre continuaremos juntos.
Como é bom saber que, por mais que nos pareça o contrário, as pessoas antes ditas mais ricas e condenadas a não entrar no reino dos céus, há muitos que já aprenderam que o mundo não está no entorno dos seus umbigos.
Hoje sabem que repartir o que tem com quem mais necessita, recebe não o conforto do ouro, mas a gratidão sincera, o maior tesouro que alguém possa receber e o único que passa pelas portas estreitas do céu, porque cabe aos montes no coração que quem leva.
Parece triste, mas como é bom saber que muitos perderam suas vidas tentando salvar outras vidas.
Como é bom saber que hoje ainda existe confiança e que por mais que seja sujo e turbulento o Rio da vida, muitos saltam no vazio, na certeza de que alguém sempre estende a mão, alguém sempre ampara.
Como é linda e poderosa essa força que governa a tudo.
É muito bom saber que apesar das distâncias do mundo, essas distâncias são infinitamente pequenas para quem realmente deseja ajudar.
A SOLIDARIEDADE é infinitamente maior
Apesar de muitos sentirem apenas a dor e agora viverem na incerteza, em vez de lamentações, simplesmente trabalham por àqueles que ficaram e necessitam de ajuda.
Descobriram que a revolta não passa de mais um capricho, mais uma das vaidades egoístas de muitos homens.
Sempre é tempo e sempre há oportunidades de se estender as mãos. Não importa quais sejam os rios de nossas vidas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Das Pedras ao Amor


De vez em quando parece que o mundo vira de pernas para o ar, como há poucos dias, quando o homem se viu mais uma vez subordinado as forças da natureza.
Para os mais acomodados, bastará repetir o velho bordão: “_Deus quis assim!”. Para os mais enérgicos: “_A culpa é do próprio homem!”.
Mas, refletindo, dá muito o que pensar.
No principio do homem, tanto no que diz a história da ciência como no que diz o da religião, o homem foi criado imaturo e humilde (sem conhecimentos muito profundos - se preferir), e vivia relativamente em paz com a natureza.
Sua humildade talvez fosse apenas reflexo de sua ignorância. Era movido basicamente por instintos (reações a certos tipos de situações), sentimento básico de sobrevivência de todo o ser racional.
Mas, na medida em que evoluía, aprendia, e das descobertas que ia fazendo, resultavam as sensações, boas ou más. Em miúdos, o homem deixava os seus instintos para lidar com sensações (prazeres mais grosseiros relativos ao corpo), como o sexo ou a falsa descontração promovida pelo álcool, e muitas outras que persistem em nosso meio ainda hoje e que são muito passageiras.
Com o passar dos tempos fomos nos depurando, buscando sentimentos mais sublimes e mais sólidos, e das sensações vulgares, muitos passaram a conhecer o amor. Não aquele amor vulgar de filmes e novelas, sempre confundido com as sensações sexuais, onde “fazer amor” é o ideal. Engano!
Libertando-se das sensações o objetivo do homem é descobrir o amor. Mas o amor verdadeiro, aquele que ao mesmo tempo que liberta os homens, os une, descobrindo que aos olhos do Criador, somos todos iguais. Uns mais ou menos intelectualizados e espiritualizados, mas em essência, iguais, caminhando juntos e colaborando para um bem comum: a vida.
E são em momentos de crises que se conhecem os graus de evolução dos povos:
*Se movidos por seus instintos animalizados e mais grosseiros?
*Presas as suas sensações egoisticamente prazerosas e momentâneas?
*Ou enobrecidas pelo amor que liberta, mas, ao mesmo tempo une a todos de forma fraterna, dando-se as mãos a quem necessita, caminhando sempre juntos?
Há que se corrigir: Deus certamente não quer assim!
Mas assim o permite para que os homens tenham a chance de evoluir, saindo da idade das pedras e seguindo para a era do amor.
Devemos concordar que o homem tem sua parcela de culpa.
Foi abusando de forma insensata da natureza – mãe acolhedora – sentindo necessidades em suprir as suas “necessidades mais básicas”, e por ironia ou não, as mesmas necessidades que enriqueceram uns de mais e tornaram outros pobres de mais, onde a única sensação de superioridade que estes mais miseráveis puderam ter era “a vista superior do alto do morro”, o único “estar acima” que puderam conhecer. 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Extravasando


Os eventos sociais sempre foram motivos de alegria e de descontração. A diversão faz parte das tradições e necessidades humanas, pois sempre há o que celebrar. Nas festividades de fim de ano – natal e ano novo – não poderiam ser diferentes.
No entanto, se você após todas as festividades amanheceu com algo mais pesado, do que a sua cabeça, pode ser que as coisas tenha fugido um pouco do controle, e talvez você tenha sido vitima de você mesmo, e agora, sinta o peso da sua consciência convidando-o ao resgate.
As festividades em geral sempre são bons motivos para que deixemos extravasar as tensões e os pensamentos obsessivos a que nos entregamos diariamente. Inevitavelmente a quem perca o controle da situação e cometa excessos que agridam tanto o corpo quanto a moral.
Ao longo do tempo muitos são os fatores que contribuem, mas em geral o estresse e a ansiedade atrapalham o nosso raciocínio, e lutando contra isso, expressamo-nos, bem ou mal.
Estamos sempre presos a pensamentos e atitudes que mal interpretadas geram as obsessões diárias: no trabalho, em relacionamentos, na família, os atritos, os estresses, etc., por vezes transformam-se em idéias fixas que fora de controle nos levam aos limites, e muitas vezes a histeria.
Extravasar é preciso sem dúvida, mas sem que deixemos nos dominar por sensações imediatas e equivocadas. Ao contrario do que pareça, ainda não é o fim do mundo nem da vida, antes de tudo é preciso raciocinar.
“Meditações Diárias” é um livro de autoria de André Luiz, e na mensagem “Autodesobsessão”, traz as diretrizes seguras para que possamos nos manter atentos e afastarmos as idéias negativas que destroem o raciocínio e nos livram de vários perigos diários que nos cercam. Apreciemos o trecho abaixo:   
Autodesobsessão
Se você já pode dominar a intemperança mental... Se esquece os próprios constrangimentos, a fim de cultivar o prazer de servir... Se sabe escutar o comentário infeliz, sem passá-lo adiante... Se vence a indisposição contra o estudo e continua, tanto quanto possível, em contato com a leitura  construtiva...  Se olvida mágoas sinceramente, mantendo um espírito compreensivo e  cordial, à frente dos ofensores... Se você se aceita como é, com as dificuldades e conflitos que tem, trabalhando com tudo aquilo que não 
pode modificar... Se persevera na execução dos seus propósitos enobrecedores, apesar de tudo que se faça ou fale contra você... Se compreende que os outros têm o direito de experimentar o tipo de felicidade a que se inclinem, como nos
acontece... Se crê e pratica o princípio de que somente auxiliando o próximo, é que seremos auxiliados... Se é capaz de sofrer e lutar na seara do bem, sem trazer o coração amargoso e intolerante... Então, você estará dando passos largos para libertar-se da sombra, entrando, em definitivo, no trabalho da 
autodesobsessão.
Autor: André Luiz – Meditações Diárias – Psicografia
Chico Xavier
 Editora IDE – 2009
Aliando tudo isto a humildade, a modéstia e a caridade, certamente estaremos mais seguros ainda. Pensemos nisto!
Vanderlei Borges.