Como
se não bastasse a nossa própria carga emocional, muitas vezes somos ainda
bombardeados pelos excessos daqueles que nos rondam e que se comportam como
verdadeiras serpentes.
A
maior qualidade das pessoas, é justamente a capacidade de se socializar, ou
seja, viver em grupo.
Isso
muitas vezes gera tensões justamente porque temos anseios diferentes e antes de
tudo, necessitamos aprender a lidar com as nossas emoções, principalmente com
aquelas que julgarmos ser mais agressivas.
Algumas
pessoas parecem ter o dom de superar os limites. São verdadeiros testes
ambulantes de paciência e tolerância com os quais nos deparamos.
Por
vezes tornam-se especialistas da vida alheia, cheias de inveja e de amargura,
prontas à tecer comentários maldosos a cerca de tudo e de todos.
Pior
ainda é a convivência daqueles cujo seu olhar impiedoso, as tornam vítimas das
suas queixas e das acusações.
Pessoas
assim também tem uma forte tendência para fugir das responsabilidades: Se deu
certo fui eu, senão, foi fulano...
Muitos
autores já discutiram sobre o tema e chegaram a conclusão de que se trata nada
mais, nada menos, do que pessoas inseguras. São incapazes de lidar com os
próprios sentimentos, as vezes por motivos próprios e as vezes, por motivos
externos. Como dissemos acima: sabem tudo da vida alheia, mas, muitas vezes,
não sabem nada de si mesmas.
No
fundo, pessoas ignorantes.
Por
compaixão, muitas vezes somos tentados a mudar essas pessoas conforme o nosso
juízo. Tarefa infrutífera.
As
pessoas, ditas mais equilibradas, as são porque já passaram por experiências as
quais formaram um caráter mais solido e equilibrado.
Por
tanto, as pessoas onde o trato é mais difícil, raramente mudariam por vontade
alheia, por melhor que sejam as intenções. Elas mudarão no momento em que
passarem a provar as consequências dos seus atos infelizes e a consciência
passará a guiá-los por caminhos mais sadios.
Por
outro lado, pessoas difíceis também são os instrumentos que a Providência
coloca em nossas vidas para nos ajudar a conquistar ou a aperfeiçoar duas
virtudes sublimes em nossos caráteres: a paciência e a compreensão. Senão,
“onde há virtude em amar apenas a quem nos ame...” como diria o Cristo?
Muitas
vezes a “antipatia” também pode estar relacionada ao reflexo que as pessoas tem
da nossa própria antipatia. Podemos agir assim, mesmo que de forma
inconsciente.
Se
realmente desejar ajudar pessoas ditas difíceis de lidar, as nossas
“serpentes”, antes de tudo deverá transmitir a elas simpatia.
Reconheça
nelas antes de tudo as suas qualidades. Por mais sutis que te pareçam, elas
sempre existem, e quem nos prova isto é Jesus Cristo ao fazer referência a “prudência
das serpentes”, enquanto ensinava os seus discípulos, mas, para vê-las, é
preciso primeiro ter sensibilidade no olhar.
Não
se vê beleza, onde existam os pré-conceitos.
Dessa
forma, elas se sentirão valorizadas sob seu olhar e procurarão corresponder-lhe
da melhor maneira possível.
De
pouco em pouco, sentirão a sensibilidade florescer dentro de si e passarão a
ver o mundo com outros olhos.
A
vida sempre nos presenteará com pessoas, boas ou más as nossas vistas, mas
antes de tudo é preciso que tenhamos sensibilidades suficientes para enxergar
sempre as melhores qualidades de que sejam dotadas, dando assim, espaço para a
paciência e a tolerância tão em falta nos dias de hoje.
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