O
mundo em nossa volta é certamente regido por leis que desconhecemos, mas que
nem por isso, deixa de existir a harmonia. Mesmo assim os nossos sentidos são
sempre presenteados com as mais belas expressões da vida, desde a pedra mais
rudimentar até as formas mais complexas, sempre sustentadas pela Natureza, como
mãe zeladora sempre a vigiar.
Mas,
mesmo diante de tanta beleza e harmonia, inevitavelmente chegam até nós àqueles
momentos mais duros que nos desalinham e nos convidam a uma reflexão mais
profunda da vida.
Graças
as nossas faculdades intelectuais fomos evoluindo e com isso sempre aprendendo
a desejar o melhor.
No
entanto, infelizmente há aqueles que por um motivo ou outro passaram a desejar
coisas impossíveis ou inconvenientes, passando assim a serem impedidos de
consumarem os seus desejos, tornando-se pessoas insatisfeitas.
Com
o tempo, e o acumulo dessa insatisfação, perderão o seu equilíbrio emocional, e
por vezes até mesmo a razão. É ai então que encontraremos aquelas pessoas
conhecidas por serem loucas justamente por tornarem-se insaciáveis.
Muitos
desses, guardam mágoas profundas de suas vidas mal resolvidas, de seus
insucessos e frustrações, guardam mágoas dos amores mal correspondidos ou mesmo
do amor sincero que nunca conheceram, outros, carregam as marcas da infância
mal direcionada, sempre regada ao conforto, mimados aos extremos e sempre
impedidos de se contrariarem com as decepções naturais que a vida utiliza para
nos educar.
Mas,
a harmonia é uma lei universal, e infelizmente, mesmo que não queiramos, somos
levados a ela por bem ou por mal e inevitavelmente existirão aqueles que se
sentirão insatisfeitos com o que a vida lhes dispõe, e contrariados encherão de
feridas os seus orgulhos.
Amargurados,
se tornarão pessoas ressentidas e ressecadas.
É
comum vermos nessas situações aquelas pessoas que constroem seus mundos a
parte. Criam magníficos castelos e preenchem com diversos tesouros, iluminam
suas fechadas dando uma aparência agradável. Tudo apenas para esconder a
verdadeira fragilidade do que existe do lado de dentro.
São
como belos e adubados vasos de rosas que no menor descuido murcham por falta
d’água.
A
lei de evolução nos leva ao progresso, tanto o moral como intelectual e o
material. Mas, para isto é necessário que arranquemos de nós o orgulho, o
verdadeiro causador de todas as mazelas acima.
O
grande Mestre de Nazaré ensinou que o reino dos céus é para os pobres de
espírito, ou seja, é dos humildes, e a humildade é o oposto do orgulho.
O
orgulhoso busca sempre preencher-se de coisas que façam barulho e lhe dêem
aparência.
O
Humilde fica feliz em fazer sua parte sem se preocupar em ser melhor ou pior.
O
orgulhoso sente necessidade de estar por cima achando-se superior olhando quem
está abaixo, mas apenas porque teme descobrir Algo maior e acima da sua
vaidade.
O
Humilde permanece embaixo com os pés firmes no chão, e quando ergue a cabeça
com humildade é para agradecer à Providência Divina, e só por isso já enxerga
longe os caminhos a seguir no horizonte.
O
orgulhoso se ofende e se estressa à toa dando pitti no vento da insegurança.
O
Humilde raramente ou nunca se ofende, pois está cheio de paz e tranqüilidade,
de amor e de Humildade, e, vive a vida sem medo de se perder porque prevê os
caminhos. Ele é como a chuva que por onde passa distribui porções de amor que umedecem
e devolvem a vida.
O
orgulhoso é vento abrasador que, por onde passa suga o pouco da beleza que
existe e resseca a paisagem.
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