Apesar
do caos aparente em que se encontra o mundo, ainda assim existe equilíbrio para
quem o busca.
Da
mesma forma que a Terra evolui anos adentro convulsionando, de vez em quando
também passamos por momentos de convulsão e crescimento onde a dor se faz
presente, igual a criança que experimenta as dores de quando seus ossos dão
leves espichadas conduzindo-o a maioridade.
Há
quem pense que quando a dor se apresenta em nossas vidas, seja uma injustiça
Divina. Mero engano, pois em nossa relutância egoísta, esquecemos que em tudo
na vida há uma razão de ser.
Ao
longo de nossa evolução fomos nos tornado seres imediatistas e impacientes, de
certa forma, muito mimados, e, quando nos acontece algo fora daquilo que
desejamos sentimos vontade de esbravejar. Alguém tem de levar a culpa...
Esquecemos
de lembrar que antes de tudo somos seres espirituais habitando corpos
materiais, assim, inevitavelmente como na natureza, chegará um dia em que de
pouco em pouco, as nossas constituições corporais irão se desgastar quase ao
ponto de se desfazerem e sentir dor então será inevitável.
Com
dizem algumas ciências: somos programados para nascer, crescer, reproduzir e
morrer (morrer no sentido de deixar o corpo, já que somos seres imortais e
eternos, e a vida continua após a morte em outro estado, o estado espiritual) e
nesse processo em algum momento sentir dor é natural.
Do
ponto de vista espiritual, o desgaste e a dor se dão de acordo com as impressões
que colhermos durante a vida, já que nutrimos o nosso espírito com emoções. Se
as impressões forem boas, sadios serão nossos espíritos. Se as impressões forem
más, más também serão os nossos espíritos e neste ponto tornam-se doentes e com
isso também experimentaremos a dor.
A
partir deste ponto de vista fica fácil entender o porque de muitas vezes
encontramos pessoas com corpos doentes, mas de espíritos sadios.
As
pessoas espiritualmente sadias são aquelas cujas dores físicas não as
influenciam moralmente. Optam em serem mais otimistas do que pessimistas.
Apesar da dor que sentem, procuram buscar sempre o lado bom da vida.
Não
se prendem em eternas lamentações.
Buscam
fugir ao máximo da “síndrome do coitadinho”, evitando suprir suas carências
afetivas externando suas dores, e por vezes, tornam o processo de cura, uma
tarefa impossível de se realizar.
Como
seres espirituais habitando corpos matérias, experimentaremos certamente, tanto
as dores físicas, quanto as dores morais, que são as dores da alma e que
envolvem os sentimentos.
Mas
lembremos que tanto uma quanto outra estão em perfeita harmonia com a Natureza
e a lei de evolução.
No
fim de tudo prevalecerá o fruto das lições que aprendermos e que darão mais
brilho em nosso caráter. Nesse processo, fugir das lamentações é essencial.
Lembremos
que pessoas como Louis Braille (cego) inventou a linguagem que hoje norteia
milhares de pessoas no mundo todo – Beethoven (surdo) tornou-se um dos maiores
compositores de toda a história mesmo sem ouvir o que compunha – Vincent Van
Gogh (esquizofrênico) hoje é tido como uma das maiores referencias em pintura
no mundo – pintava com os sentimentos da alma – Aleijadinho (leproso) esculpiu
e entalhou trabalhos que chamam a atenção de críticos em arte no mundo inteiro,
tornando o Brasil uma das referências em artes barrocas – Louis Pasteur
(tuberculoso) fez inúmeras descobertas sobre micróbios que salvam vidas até
hoje. E, por fim, a senhora Helen Keler (cega, surda, muda) escreveu livros que
encantam leitores no mundo todo até os dias de hoje.
Estes,
com certeza jamais optaram em sofrer, e sim em deixar o melhor de si para a
humanidade.
Sentir
dor, em dado momento é inevitável, mas, sofrer, é uma questão de escolha.
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