Dificilmente
não exista quem em algum momento tenha sofrido grandes decepções em se tratando
de relações interpessoais, sejam na família, no trabalho, nos relacionamentos afetivos
ou mesmo, em se tratando das amizades.
Como
seres espirituais humanizados, inevitavelmente somos falíveis e por conta disso,
em algum momento, mesmo que de forma involuntária, magoaremos alguém ou seremos
magoados. Sem contar que em momentos assim é que geralmente dá aquela vontade
de abandonar tudo, jogar tudo para o ar e sumir do mapa.
Ahhhh!
Quem já não passou por isso, não é mesmo!?
Mas,
o importante é lembrar que, como dizem no ditado popular, “o que não mata
fortalece”. Por outro lado, é preciso refletir do porque ainda nos magoamos.
Entramos
aí, no que podemos considerar como o campo das frustrações – ou das ilusões,
como nos apresenta em uma de suas definições, o Aurélio.
Iludir-se,
por um lado, é creditar em outro as expectativas de si mesmo. E quando essas
expectativas não se concretizam nos decepcionamos.
Não
se trata de condenar ou eximir ninguém da culpa, mas sim, reconhecer a nossa
parcela dela, ainda que muito pequena, ou como diz outro ditado popular, “quando
um não quer dois não brigam”.
Mas
indiscutivelmente a pior parte, com ou sem culpa, é a quem vem depois: a mágoa.
Esta
sim é quem pode nos marcar pelo resto das existências, se não aprendermos o
mais cedo possível o quanto é valioso aprendermos a perdoar.
É
comum vermos por ai pessoas em eternos conflitos, justamente por não
conseguirem superar, ou não se deixarem superar os seus momentos de frustração.
Comprovadamente,
hoje já se pode afirmar que as pessoas que se tornam presas às mágoas ou à
frustrações profundas, são mais propensas a doenças como a depressão, problemas
vasculares, cardíacos e em casos mais graves, até mesmo cânceres irreversíveis.
Em matéria veiculada
no site mídia & saúde
- www.midiaesaude.com.br
- encontramos o seguinte alerta:
“...Quando o sentimento não é trabalhado na
mente, ele acaba sendo transferido ao corpo e se materializando em diversos
males. Entre outras coisas, isso acontece em razão da dificuldade que a pessoa
encontra em lidar com o mundo externo e resolver seus problemas e suas
dificuldades. A RAIVA é uma reação forte, que surge naturalmente quando alguém
sofre um mal premeditado, é perseguido ou injustiçado. É fácil chegar a esta
conclusão. Sabe por quê? Quem é que vai nutrir satisfação e contentamento por
alguém que bate na sua face? Tenta lhe derrubar de todas as formas e propaga os
piores comentários a seu respeito?
Anormal seria sentir o contrário, já
que toda pessoa possui um conjunto de emoções que a faz reagir de acordo com as
circunstâncias. A DOR originária de uma sabotagem ou traição, segundo
especialistas, deve ser compreendida e jamais pormenorizada. ...O que os
estudiosos chamam a atenção é o tempo que este sentimento dura, o espaço que
ele ocupa e o significado que passa a ter na vida de uma pessoa. O problema não
está em sentir a raiva, mas sim como ela é tratada e o destino que recebe. ...se
armazenada e nutrida, pode se tornar crônica como uma doença e resultar em
mágoa e ressentimento... a
cura efetiva da mágoa acontece mesmo por meio do perdão. Somente ele, vai
libertar a pessoa da escravidão e de todo o peso que carrega em sua vida.”
Como podemos observar, livrar-se das
mágoas não é fácil, mas é necessário, mesmo por se tratar hoje de uma questão
de saúde, tanto corporal, mental, quanto espiritual.
Além disso, perdoar nada mais é do que
uma atitude verdadeiramente Cristã.
Pense nisso.
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