quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Conflitos

De forma quase que despercebida, a vida em sociedade consegue ocupar com muita intensidade o nosso tempo e por conseqüência, a nossa capacidade de raciocinar, levando-nos quase sempre a optar por coisas mais superficiais e materiais.
Por conta disso, são muitas às vezes em que deixamos de refletir sobre quem somos e o que a vida representa para nós.
Não é de se estranhar, vejamos tantas barbáries mundo a fora, pois, inevitavelmente, nas últimas décadas passamos por um período de desconscientização em massa.
Por outro lado, o que observamos agora, nestes incontáveis conflitos que nos são noticiados diariamente, nada mais é do que o recobrar das consciências humanas, e de forma mais acentuada, nestes povos irmãos há muito tempo opressos por sistemas políticos corruptos.
Infelizmente, este despertar tem-se mostrado muito violento nestes casos.
Mas, indiferente do local, isto é real e esta acontecendo, mesmo que você não se de conta disto.
Para tanto, basta prestar atenção, se por um acaso o seu jeito de ver o mundo e de tolerar certas situações, tem de alguma forma sofrido mudanças, e isto se verifica a todo instante.
De certa forma, isto também passa a exigir de nós, um grau mais acentuado de reflexão sobre as nossas condutas morais, principalmente naquelas que dizem respeitos entre o nosso viver e o viver do próximo.
Infelizmente, como já dito, vivemos em um mundo onde somos levados a buscar coisas imediatistas e de valores distorcidos, levando-nos sempre a buscar por prazeres que nunca nos satisfazem por completos, pois, estes geralmente nunca encontram o verdadeiro “x” do problema, quase sempre escondidos profundamente em nossas almas.
Com isto, não raro encontrarmos por ai muitos de nós perdidos em devaneios e cercados por desejos equivocados, geralmente externados de forma violenta, atentando quase sempre contra a dignidade humana, e a violência, é sempre no sentido de agressão moral.
Com isto vamos encontrar aqueles que procuram compensar suas insatisfações nos viciações, e por ai a fora.
Para resolvermos isto, nada mais justo do que darmos ouvidos aquele santo dizer que recomenda “conhecermos a nós mesmos”, ou seja, refletir e buscar compreender a verdadeira origem dos nossos problemas.
Certamente, diante disto, das boas reflexões, é que encontraremos as respostas para as nossas angustias e conflitos pessoais e para isto, ouvir a voz da consciência é fundamental.
Se observarmos a história, veremos que os conflitos sempre fizeram parte dela, representando as forças que conhecemos como o bem e o mal.
Analogamente, podemos dizer que os nossos próprios conflitos representam esse duelo, a diferença é que a nossa consciência a tudo registra paciente.
É a juíza eterna e imparcial que promove justiça sobre os nossos atos.
Quando nos entregamos aos equívocos que nos prejudicam ou prejudicam há outros, ela apenas registra passiva. Quando chega a hora da colheita, ela assinala da nossa responsabilidade e dos débitos computados.
Assim, entre um conflito e outro, a consciência nos leva a domar  e a encerrar em nós aquilo que conhecemos como sendo “o mal”, incentivando-nos no bem, a cada instante dedicado à reflexão.
Mas para isto, evitar o mal ainda é o melhor caminho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário