quarta-feira, 1 de junho de 2011

Lâmpadas


Muitas vezes os relacionamentos humanos tornam-se conflitantes. Uma prova disto é a reportagem exibida ha poucos dias, em que se tratava justamente da relação entre patrões e empregados, da qual, muitos servidores se achavam melhores e mais competentes que seus superiores.
É mais do que sabido que as relações humanas são construídas no dia-a-dia. Logo, ela é o conjunto daquilo que cada um doa de si e com isso cria-se o que se conhece como psicosfera.
Imaginemo-nos como pequenas lâmpadas sempre expostas à ambientes variados.
Com o passar do tempo, se não zelarmos na limpeza, ela acumulará em torno de si a poeira e outros tipos mais de sujeira, como por exemplos, gordura ou fuligem.
Com isso, em vez de a lâmpada emitir luz forte e abundante no ambiente, passará a emitir luz opaca ou colorida conforme a tonalidade da sujeira que a esteja envolvendo, deixando o ambiente sombrio e carregado.
Do contrário, se mantivermos essa lâmpada em constante manutenção, elas permanecerão sempre limpas e muito luminosas, e com isso o ambiente também se modificará.
Em comparação, estas lâmpadas são os nossos pensamentos e o zelador, a nossa consciência.
Quando cultivamos pensamentos dignos e elevados, eles harmonizam os ambientes que freqüentamos e por consequência, as nossas vidas.
Muitas são as vezes em que somos movidos por sentimentos de defesa e conservação, sentimentos quem em nós sãos ainda sentimentos primitivos, e muitas vezes agimos sem pensar nas consequências  de nossos atos, e assim, quando menos esperamos, já damos aquela resposta agressiva a uma pergunta mal interpretada, ou indagada com maledicência a fim de nos prejudicar, e com isso, agredimos e somos agredidos.
É a nossa lâmpada suja emitindo o brilho de nosso estado interior.
As relações humanas devem antes de tudo serem pautadas no respeito mútuo, onde um reconhece a importância do outro como sendo o complemento da inteligência, da ação ou da habilidade que lhe falta. 
Higiene mental consiste basicamente em educar os nossos pensamentos, as nossas vontades e os nossos impulsos, visando sempre a nossa melhora intima, criando o bem.
É saber lidar com as emoções, saber distinguir quais são as lâmpadas que iluminam os ambientes mais particulares das nossas consciências.
Se por ventura convivermos em ambientes que são muitos insalubres, é necessário que façamos a higienização mental com mais freqüência, a fim de que não nos contaminemos pelo ambiente obscurecido, evitando as quedas e os tropeços a que estamos sujeitos.
Deixar-se envolver pelo negativismo é abrir as portas para a ruína.
Cultivar pensamentos inferiores é o primeiro passo para o fracasso. 
Lembremos que antes de tudo, o primeiro ambiente que devemos preservar, são os nossos ambientes interiores, descartando os pensamentos que nos levam a praticar gestos de maldade, regados de incompreensão para com o próximo e cheios de orgulho que afastam as pessoas do nosso convívio.
É nossa obrigação aperfeiçoar sempre aquilo que há de melhor em nós. Também é nossa obrigação buscarmos aprender coisas novas e boas que possam ser utilizadas para o bem comum, sempre visando o melhor para todos.
Esse, certamente é o melhor caminho para podermos melhorar a nossa convivência com aqueles que nos rodeiam e que nos são caros.

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