quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Evolução Sem Dor


O homem sempre interagiu com a natureza e nesse processo sempre foi lapidando a sua inteligência.
A cada descoberta no meio natural sentia a necessidade de aguçar o raciocínio. Assim, durante séculos, foram se fazendo descobertas novas e aperfeiçoando idéias e conhecimentos antigos. Sempre caminhamos para evolução.
A vida moderna tem exigido cada vez mais descobertas e formas novas de se pensar.
Neste ponto, já edificamos magníficas construções, mas infelizmente por vezes deixamos de alicerçar o mais importante: o nosso ser.
Inevitavelmente observamos isto todos os dias mundo afora através de pessoas instáveis emocionalmente.
O resultado trágico disso são pessoas inseguras em relação a suas emoções, muitas presas ao orgulho e a vaidade e a terríveis processos de culpas e autopunição.
Com o passar dos tempos, fomos nos deixando-nos guiar pelos caminhos largos dos sentimentos materialistas, onde o “ter” tornou-se gravemente mais importante do que o “ser”, e mesmo que não nos digam, sempre vemos por onde passamos pessoas presas a ilusões e desilusões, presas aos seus bens, a romances nada dignos, onde o falso “amor sexual” domina, muitos, ainda presos em vícios e a grandes processos de autodestruição.
A melhor solução: reforma intima!
Mas, não aquela reforma equivocada que nos ensinaram desde os tempos dos cueiros, norteadas por falsos sentimentos de culpa, verdadeiros massacres psicológicos.
A verdadeira reforma se dá antes de tudo pela aceitação do que se “é”, e cá entre nós, não temos sido grande coisas em nossa existência.
Corajosos são, por exemplo, os nossos irmãos alcoólatras anônimos. Estes sim deram o passo mais difícil, corajoso e importante: antes de tudo, aceitaram o que são realmente, para depois sim, buscarem melhorar-se.
O segundo passo é buscar melhorar as nossas tendências mais negativas, com paciência e perseverança. Jamais poderemos arrancá-las de nós como algum galho seco, pois são parte de nós e da nossa história.
Reforma íntima (RE – FORMAR) é “formar outra vez”. É buscar consciência sem se martirizar pela culpa, é saber mudar de caminho quando escolhermos caminhos errados, inevitavelmente muitas vezes só aprenderemos por conta de nossos erros.
A solidificação e a estabilização do nosso ser devem ser constantes como nas ciências. Moralmente sempre teremos mais a aprender e a melhorar.
O caminho consciente para aprendizagem é sempre aquele guiado pelo perdão e a capacidade de nos darmos outras chances de recomeçar, como diria o Chico Xavier em uma de suas célebres frases: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.

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