O homem sempre interagiu com a natureza e
nesse processo sempre foi lapidando a sua inteligência.
A cada descoberta no meio natural sentia a
necessidade de aguçar o raciocínio. Assim, durante séculos, foram se fazendo
descobertas novas e aperfeiçoando idéias e conhecimentos antigos. Sempre
caminhamos para evolução.
A vida moderna tem exigido cada vez mais
descobertas e formas novas de se pensar.
Neste ponto, já edificamos magníficas
construções, mas infelizmente por vezes deixamos de alicerçar o mais
importante: o nosso ser.
Inevitavelmente observamos isto todos os dias
mundo afora através de pessoas instáveis emocionalmente.
O resultado trágico disso são pessoas
inseguras em relação a suas emoções, muitas presas ao orgulho e a vaidade e a terríveis
processos de culpas e autopunição.
Com o passar dos tempos, fomos nos deixando-nos
guiar pelos caminhos largos dos sentimentos materialistas, onde o “ter”
tornou-se gravemente mais importante do que o “ser”, e mesmo que não nos digam,
sempre vemos por onde passamos pessoas presas a ilusões e desilusões, presas aos
seus bens, a romances nada dignos, onde o falso “amor sexual” domina, muitos,
ainda presos em vícios e a grandes processos de autodestruição.
A melhor solução: reforma intima!
Mas, não aquela reforma equivocada que nos
ensinaram desde os tempos dos cueiros, norteadas por falsos sentimentos de
culpa, verdadeiros massacres psicológicos.
A verdadeira reforma se dá antes de tudo pela
aceitação do que se “é”, e cá entre
nós, não temos sido grande coisas em nossa existência.
Corajosos são, por exemplo, os nossos irmãos alcoólatras
anônimos. Estes sim deram o passo mais difícil, corajoso e importante: antes de
tudo, aceitaram o que são realmente, para depois sim, buscarem melhorar-se.
O segundo passo é buscar melhorar as nossas
tendências mais negativas, com paciência e perseverança. Jamais poderemos
arrancá-las de nós como algum galho seco, pois são parte de nós e da nossa
história.
Reforma íntima (RE – FORMAR) é “formar outra
vez”. É buscar consciência sem se martirizar pela culpa, é saber mudar de
caminho quando escolhermos caminhos errados, inevitavelmente muitas vezes só
aprenderemos por conta de nossos erros.
A solidificação e a estabilização do nosso
ser devem ser constantes como nas ciências. Moralmente sempre teremos mais a
aprender e a melhorar.
O caminho consciente para aprendizagem é sempre
aquele guiado pelo perdão e a capacidade de nos darmos outras chances de
recomeçar, como diria o Chico Xavier em uma de suas célebres frases: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer
um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
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