Chega ser gritante a forma com que algumas
pessoas buscam se expressar. Na tentativa desesperada de tornarem-se evidentes,
muitas vezes costumam tornar-se excessivamente barulhentas e vazias.
Infelizmente,
em muitos, é a vaidade que impera, e o resultado triste disso são falações e
falações sem nexo, muitas chegam a ser irritantes e desconfortáveis.
Parte disto vem da necessidade de o individuo
cobrir os rastros de suas mentalidades vazias e imorais. Uma boa reflexão sobre
tema encontramos na mensagem do livro E para o Resto da Vida... de Wallace Leal V. Rodrigues. Vejamos a seguir:
A Carroça
Certa manhã, meu pai convidou-me
a dar um passeio
no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um
pequeno
silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros,
você está ouvindo mais
alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia...
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho.
Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje,
quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de
todo mundo,
tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
- Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz...
Esta pequena história é uma forma simples de
explicar a questão levantada acima.
Em tempos como os do século XXI, torna-se
mais do que necessário o aperfeiçoamento individual, tanto o intelectual como o
moral.
Novos tempos, sempre requerem novas maneiras
de se agir e de se pensar e inevitavelmente temos apenas duas opções: evoluir
ou perecer.
Na ânsia de disfarçar o vazio da alma,
muitos costumam fazer muito barulho exterior, infelicitando-se e infelicitando
os que os cercam.
A arte de bem falar ainda é pouco
conhecida de muitos de nós.
E falar bem nunca significou falar
muito, pelo contrário, o poder de resumir é qualidade apenas dos sábios.
Falar pouco e dizer muito é coisa que
poucos sabem fazer.
Mas, falar muito e dizer pouco, é um
fato comum.
Quem fala demais e diz o que não deve,
acaba escravizado pelas próprias palavras que, uma vez ditas, não podem mais
ser apagadas.
Mas, enquanto nós não as dizemos, são
nossas prisioneiras e temos sobre elas sempre o total domínio.
Baseado
no texto: Falar com moderação
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