Às
vezes os homens tentam serem os donos da verdade. De certo ponto é até normal,
isto denota vontade de aprender.
Diz
uma lenda que a verdade era como um espelho. Por inteiro, quem quer que se
achegasse diante dele, podia ver toda a verdade. Mas um dia o espelho caiu e se
partiu em milhares de pedaços.
Qualquer
um que passasse e pegasse um pedaço do espelho, julgava mais tarde ser o dono
de toda a verdade. E assim foi.
Bem,
isto não parece ser bem uma lenda e se aplica a tudo, e ainda hoje a verdade se
encontra dividida, sendo interpretada sempre sob ótica de quem observa a fração
do espelho.
Isto
também se aplica a fé dogmática (e que ninguém queira me crucificar por causa disto),
pois no curso da história o homem conseguiu “dividir” até mesmo Deus.
No
principio o homem evoluía em meio à natureza e observava a força dos elementos:
o fogo, a água, a terra, o ar, o sol e a lua e julgavam serem estas forças
superiores a quem deviam temor e respeito.
Observando,
viram que tudo em sua volta tinham um nome, então chamara a estas forças
superiores de deus.
E
assim, na medida em que os homens iam se multiplicando, iam formando novas
comunidades e sabiam da importância de ter um deus que os protegesse. Então
cada tribo passou a ter o seu deus particular.
Mais
tarde, talvez levados pela cobiça e pelo fanatismo que esses deuses causavam,
passaram a competir entre si, sempre sob a sua tutela. O deus mais forte vencia
e escravizava o deus mais fraco e o seu povo.
Depois
de muito tempo os povos foram se reagrupando em comunidades maiores, por
necessidades, e a idéia de que existia apenas um Deus superior tudo foi
ganhando forma.
Surgiam
assim, novas e promissoras nações e seus países, e cada país possuía então um
deus. Nesta fase, além de protetor, o deus era nacionalista.
O
Deus verdadeiro, deveria pertencer então àquela nação, e mais uma vez os povos
brigavam entre si, protegidos mais uma vez pela bandeira do seu Deus superior
(Lembra 11 de setembro??? Talvez!).
Ainda
insatisfeitos, passaram novamente a brigar entre si o próprio povo e em seus
próprios países, pois cada um queria novamente ter Deus para si.
Agora,
pequenos grupos se formavam novamente em comunidade de idéias, erigindo templos
cheios de esplendor, onde só se poderiam encontrar o Deus da salvação ali, pois
a verdade estava ali.
Então
um dia veio um homem e explicou:
“_Filhos...
Que fazem? Isto não pode ser, porque o verdadeiro Deus não é nem meu nem seu.
Deus é o NOSSO Pai!
_Deus
não castiga nem absolve ninguém, Deus é apenas justo, conforme as sua obras...
_Não
faz distinção alguma, pois sob Seus olhos, somos todos iguais! Somos irmãos e
devemos nos amar e mar os nossos inimigos e fazer-lhes o bem, como gostariamos
que assim fosse conosco.
_Deus
não tira nem dá a ninguém, Ele apenas pede que repartamos com os nossos irmãos
menos afortunados...
_Não
castiga, NEM impõe doenças, mas pede que nos preservemos no caminho reto e que
se necessário, limpemos as feridas, que alimentemos e que agasalhemos a quem
precisa e que por má ventura tenha caído.
_Deus
não pede nada além do nosso amor e respeito, porque ELE TUDO TEM!
_
Não podeis vê-Lo ainda, porque sois ainda muito pequenos, e Ele, Ele é imenso,
maior do que a terra e o sol, maior do que o universo e com seu amor infinito,
governa a tudo!”
É!
Ao que tudo indica, a verdade estava com aquele homem.
Cabia
aos homens apenas tê-Lo ouvido e compreendido.
Pensando
bem, é verdade! O mundo mais uma vez precisa mudar!
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