Valendo-nos
do evangelho, mais precisamente em Mateus, 22:1-14, desvendando os ensinamentos
da parábola, Jesus narra de forma sutil a decaída do povo hebreu, primeiro
exaltando-os como sendo os primeiros a reconhecer e a temer a Deus como Senhor
absoluto, mas, depois, por terem se traído indo de encontro a decadência moral,
tornando-se um povo vaidoso e dividido... Deixaram de ceder a idolatria e
declinaram abraçando a vaidade e o culto exterior .
A
narrativa é rica de interpretações, mas num contexto geral, o que chama a
atenção é o fato de prevenir contra as aparências e das ilusões em de que nos
revestimos costumeiramente.
Somos
seres emocionalmente abaláveis, e para esconder as nossas fragilidades, e comum
criarmos, e nos vestirmos de personagens diversos para suprir as nossas
necessidades emocionais.
Continuamente
somos estimulados de diversas maneiras e muitos desses estímulos refletem de
forma negativa sobre nós. É ai que pecamos...
Atritos
diversos no trabalho, em nossos relacionamentos, no lar, estudos, negócios,
etc..., levam-nos a criar os personagens mais adequados a cada momento.
Lembremo-nos
de que tudo é normal, desde que não ultrapassemos os limites. Não se pode
confundir gingado, com esses tipos de deficiência.
Infelizmente é comum encontrarmos aqueles que
diante de tal situação portam-se de maneira dissimulada, dizendo coisas simpáticas
e amáveis, no entanto, basta que viremos as costas para que nos tornemos motivo
de chacota, de perseguição ou calúnia.
Para
alguns, são problemas comuns e difíceis de resolver, todos diretamente ligados
a essa carência em resolver os conflitos do dia-a-dia.
Com
isso, tornam-se pessoas extremamente amargas e muitas vezes carregadas de
inveja a observar a felicidade alheia.
Assim,
muitos vestem-se com personagens diversos afim de manter uma postura superior
(a vaidade agindo).
Praticamente
tornam-se os mesmos personagens bíblicos da narrativa de 2011 anos atrás.
O
culto da imagem exterior e o vazio espiritual tornam-se evidentes.
A
verdadeira felicidade simbolizada pelo banquete nupcial, só pode ser encontrado
por nós, se realmente nos despirmos desses personagens que criamos, e nos
vestirmos de nós mesmos.
Nesse
processo, ser humilde é fundamental.
No
mundo em que vivemos, dor e sofrimento fazem parte de nosso aprendizado no
caminho da elevação espiritual como profetizou Jesus: “haverá pranto e ranger
de dentes”.
No
entanto, nenhum personagem reflete melhor a nossa realidade do que aquele que
representa quem nós realmente somos, mesmo que imperfeitos e cheios de falha,
porém, humildes o suficientes para decidir mudar.
Humildade
sempre foi o melhor caminho a se seguir na conquista da vitória, seja ela qual
for.
É
preciso que hajamos sabendo que o dia da grande festa se aproxima e para
participarmos do banquete é necessários que estejamos vestidos com nossa melhor
túnica - nós mesmos dotados de caráter – sempre lembrando que “muitos são os
chamados, mas, poucos são os escolhidos”.
Pense
nisso.
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