quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Personagens


Valendo-nos do evangelho, mais precisamente em Mateus, 22:1-14, desvendando os ensinamentos da parábola, Jesus narra de forma sutil a decaída do povo hebreu, primeiro exaltando-os como sendo os primeiros a reconhecer e a temer a Deus como Senhor absoluto, mas, depois, por terem se traído indo de encontro a decadência moral, tornando-se um povo vaidoso e dividido... Deixaram de ceder a idolatria e declinaram abraçando a vaidade e o culto exterior .
A narrativa é rica de interpretações, mas num contexto geral, o que chama a atenção é o fato de prevenir contra as aparências e das ilusões em de que nos revestimos costumeiramente.
Somos seres emocionalmente abaláveis, e para esconder as nossas fragilidades, e comum criarmos, e nos vestirmos de personagens diversos para suprir as nossas necessidades emocionais.
Continuamente somos estimulados de diversas maneiras e muitos desses estímulos refletem de forma negativa sobre nós. É ai que pecamos...
Atritos diversos no trabalho, em nossos relacionamentos, no lar, estudos, negócios, etc..., levam-nos a criar os personagens mais adequados a cada momento.
Lembremo-nos de que tudo é normal, desde que não ultrapassemos os limites. Não se pode confundir gingado, com esses tipos de deficiência.
 Infelizmente é comum encontrarmos aqueles que diante de tal situação portam-se de maneira dissimulada, dizendo coisas simpáticas e amáveis, no entanto, basta que viremos as costas para que nos tornemos motivo de chacota, de perseguição ou calúnia.
Para alguns, são problemas comuns e difíceis de resolver, todos diretamente ligados a essa carência em resolver os conflitos do dia-a-dia.
Com isso, tornam-se pessoas extremamente amargas e muitas vezes carregadas de inveja a observar a felicidade alheia.
Assim, muitos vestem-se com personagens diversos afim de manter uma postura superior (a vaidade agindo).
Praticamente tornam-se os mesmos personagens bíblicos da narrativa de 2011 anos atrás.
O culto da imagem exterior e o vazio espiritual tornam-se evidentes.
A verdadeira felicidade simbolizada pelo banquete nupcial, só pode ser encontrado por nós, se realmente nos despirmos desses personagens que criamos, e nos vestirmos de nós mesmos.
Nesse processo, ser humilde é fundamental.
No mundo em que vivemos, dor e sofrimento fazem parte de nosso aprendizado no caminho da elevação espiritual como profetizou Jesus: “haverá pranto e ranger de dentes”.
No entanto, nenhum personagem reflete melhor a nossa realidade do que aquele que representa quem nós realmente somos, mesmo que imperfeitos e cheios de falha, porém, humildes o suficientes para decidir mudar.
Humildade sempre foi o melhor caminho a se seguir na conquista da vitória, seja ela qual for.
É preciso que hajamos sabendo que o dia da grande festa se aproxima e para participarmos do banquete é necessários que estejamos vestidos com nossa melhor túnica - nós mesmos dotados de caráter – sempre lembrando que “muitos são os chamados, mas, poucos são os escolhidos”.
Pense nisso.




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