Os últimos
dias foram sem dúvida marcados pela notícia da morte de Osama Bin Laden. Força antagônica
que representa para uns a feição “divina”, enquanto que para outros,
principalmente àqueles que de alguma forma foram vitimas dele, não passava de
um grande “monstro”.
Mas, lendo uma mensagem do site www.momento.com.br,
senti-me convidado a refletir um pouco e reparto esse sentimento com os leitores:
***
Sobre a existência dos monstros
“Papai, monstros
existem?
Na verdade, não, meu filho, eles não existem. Monstros
são apenas pessoas que, de tão tristes e infelizes, acabaram ficando feias.
Mas, isso não dura. Elas sempre voltam a sorrir”...
Na sociedade, onde aprendemos a chamar criminosos
de monstros, e que cultiva e se alimenta do ódio àqueles que cometem maldades,
faz-se necessário algumas reflexões.
A explicação do pai
ao filho pequeno sobre a existência dos monstros, faz-nos entender que ninguém
é mau por natureza. Na Criação de Deus não há nenhum ser, lei ou coisa qualquer
que seja má, ou destinada ao mal.
O mal não é
intrínseco ao indivíduo, não faz parte da natureza íntima do Espírito; é,
antes, uma anomalia, como são as enfermidades.
O bem, tal como a
saúde, é o estado natural, é a condição visceralmente inerente ao Espírito. Um corpo doente constitui um caso de
desequilíbrio, precisamente como um Espírito transviado, rebelde, viciado ou
criminoso.
O mal é construído
por nós, por nossa dor, por nossa revolta e incompreensão.
São esses os venenos
que atiramos em nós mesmos, e que nos transformam em monstruosidades.
Assim, enquanto o
ódio existir na alma, enquanto a revolta falar mais alto que o bom senso ou que
o amor, ainda nos travestiremos de monstros.
Enfermos da alma.
Esse ódio pode ter
sua nascente num lar desfeito ou num lar que nunca existiu.
Pode ter nascido de
um trauma, de um grande mal sofrido em algum momento, que fez com que aquela
criatura rompesse com a sociedade, desacreditando do amor e da vida. Às vezes, leva-se encarnações e mais
encarnações para que a máscara assustadora vá caindo, e a verdadeira feição do
Espírito imortal em busca de luz, volte a surgir.
Deus, que
é Todo Bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal
saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna
intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida.
Instruído
pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre
por efeito do seu livre-arbítrio.
Quando
toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do
outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser
mais feliz, do mesmo modo que o constrangeu a melhorar as condições materiais
da sua existência.
Os
chamados monstros, chacais, são no
íntimo almas como eu e você, almas que buscam a felicidade e que se perderam
nesse caminho.
Eliminá-los
da Terra, simplesmente, não resolve. Se foram criados assim na sociedade, e por
vezes, pela própria sociedade, é responsabilidade nossa a sua reabilitação.
Pode
demorar vidas, é certo, mas é necessário começar em algum momento, e um bom
começo se dá quando nós, já um pouco mais esclarecidos, desejamos o bem a esses
irmãos, ao invés de desejar o mal. O mal eles já têm de sobra, então, só o bem,
quando lhes tocar as cordas íntimas do Espírito, é que os poderá salvar do
sofrimento.
_Monstros...
realmente não existem!
***
Lembremos,
que antes de tudo, sempre devemos ter a mente aberta e receptiva, livre de
preconceitos para que realmente possamos evoluir no amor pelo próximo.
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