Indiscutivelmente a televisão é hoje um dos
meios de comunicação mais acessíveis que existem, junto com rádio e internet,
todos muito influenciáveis.
Durante muito tempo ela criou e modificou
gerações, e formas de se pensar. Na maior parte do tempo “educou” de forma
equivocada, sempre motivada por idéias consumistas e de falsa superioridade.
O lema maior é de que somos livres para escolher
(dentro do que propõem é claro) como num comercialzinho que rola por ai.
Pois bem, sendo assim, até que ponto somos influenciáveis
e o quanto mudamos por conta disso?
Não vamos criar um motim televisivo, afinal
hoje em dia, mais do que nunca a TV é um meio de comunicação muito válido, onde
a maior necessidade, é a de se filtrar o tipo de conteúdo que recebemos para
não corrermos o risco de cairmos em demências morais, por vezes disfarçadas em
opiniões “achistas” e sem base alguma: “ _ Porque achei legal!” – e pronto...
Há de se perguntar: como é possível “achar
legal” programas que vão ao ar apenas para promover baixarias públicas e
competições descabidas, sem falar da apologia ao desrespeito e a moral do
próximo?
O mais triste disso tudo é que somos
coniventes e nos deixamos vitimizar. Somos os primeiros a cair na tentação da “espiadinha”
porque falar da vida alheia é algo nato do ser humano (affff) e caímos em
tentação. Aliás, nem somos tão vítimas assim, vítimas são nossos filhos!
Nós pelo menos já abrimos os olhos pra essa
baixaria toda, que de tão baixo, já tem gente com complexo de minhoca.
Vítimas mesmo são os nossos filhinhos que
assistem a tudo porque “acham” engraçado e no outro dia é um ótimo assunto para
se comentar durante aquela aula chata na escola.
Sabe, nós como pais conscientes que somos, deveríamos
poupá-los dessas armadilhas mortais que deixam seqüelas para uma vida toda.
Tenho saudades dos tempos de criança.
Saudades dos desenhos de super-heróis que ao final de cada série davam uma boa
lição de moral e de conduta.
Naquele tempo, ainda se falava em humildade e
caridade. Se ensinava a ser tolerantes e gentis. Ensinavam a estender a mão e a
fazer o bem a quem necessite.
Oh tempinho bom!
Mas deixemo-nos voltar para o futuro outra
vez. Eu, pelo menos já estou desarmando as armadilhas aqui em casa.
Pra quem não sabe to mudando de classe. Já
que público se mede por classes: “A” – o público mais culto e exigente que
odeia baixaria; “B” – os indecisos que costumam pender para os dois lados; e “C”
– bom, c, nem se comenta...
Como ia dizendo to mudando de classe. Agora vou
para a classe “A”. Instalei dois ótimos aparelhos aqui em casa que filtram tudo
quanto é porcaria da TV. Só deixam passar conteúdo classe “A”. E eu até
recomendo os aparelhos:
Um é o “desconfiômetro” e o outro é a decência.
E o melhor de tudo é que os dois são de
graça!