Alguns estudiosos e filósofos já defenderam que a evolução se faz através de conflitos.
Karl Marx (Londres, 1818-1883) foi o fundador da Doutrina Comunista Moderna, e entre outras, a "Teoria do Conflito", a qual prediz que as organizações sociais e a suas mudanças se baseiam em conflitos.
Já Sigmund Freud (Áustria, 1856 - 1939), é considerado o pai da psicanálise, e entre outros assuntos, defendia que o caráter humano, ou seja, a identidade da pessoa, como conhecemos, é basicamente formada por conflitos internos, aos quais se depara durante a existência, moldando-o conforme supera esses conflitos (dúvidas, medos, desejos, etc.).
Seja de uma forma ou de outra, encontramos aqui duas verdades. A primeira é que realmente vivemos em sociedade, tanto a familiar, como nas comunidades urbanas. A segunda é talvez a mais relevante: realmente somos seres conflitantes.
Os conflitos são normais, desde que as vontades pessoais não se tornem egoístas ao ponto de prender ou suprimir as necessidades alheias.
É comum queremos que os outros façam as coisas da maneira que desejamos, por acharmos que é a melhor forma. Nem sempre é assim.
Outra característica do conflito é o fato de não aceitarmos as contradições. É também comum sentirmos o ego ferido em muitas situações.
Com isso, por vezes acabamos criando ilusões que mais tarde geram mais problemas, sempre maiores e muitos, de ordens psicológicas (mais conflitos).
Somos seres individuais (muitas vezes individualistas), porém, podemos dizer que fomos projetados para viver em sociedade. Devemos nos valorizar e valorizar uns aos outros porque somos portadores de virtudes que, quando somadas, formam o conhecimento, logo todos aprendem com todos.
Também é comum desejarmos que “Fulano” ou “Sicrano” aja da forma que a sociedade já comprovou ser a melhor para determinada ocasião, ou momento da história, mas na prática não é bem assim que funciona.
A capacidade de aprender e de aceitar é diferente em cada ser. Logo o que já está claro e comprovado para uma parte da sociedade, ainda se encontra obscurecida em outra.
Habitualmente, todos aprendemos de uma forma ou de outra, e em momentos diferentes, como na parábola da semente que encontrou o solo fértil para germinar.
Por conta disso, é comum ouvirmos que “como pode Fulano ser tão jovem e ter uma mentalidade tão madura”. E vice e versa.
Para viver bem, é necessário que aprendamos a respeitar antes de tudo as diferenças, mesmo que por ora não as compreendamos.
Antes de nos declararmos diferentes, deveríamos declarar-nos iguais.
Iguais no sentido de que todos somos seres humanos. De certa forma ainda imperfeitos, mas todos dotados da capacidade de aprender, mesmo porque, o aprender é constante.
Todos somos fontes de conhecimentos e mesmo quando individualistas, trabalhamos para um progresso em comum, pois observando como age o individualista, aprendemos como é necessário haver comunhão.
É válido conflitar, mas, torna-se um mal propósito quando isto impossibilita o ser de algo que lhe é fundamental: A capacidade de aprender.
Antes de tudo, lembremos que o bem comum, é sempre o melhor bem.
É verdade, se a gente querer tudo do nosso jeito seremos egoistas, na verdade eu ainda sou, as vezes. Preciso aprender a nao ser. Mas amei seu texto muito bom.
ResponderExcluirParabéns! Continue assim ILUMINADO. BJOS